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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

"Se eu puder dizer que sinto alguma coisa a respeito é curiosidade!"


Outro dia fui resolver algumas coisas pelo meu bairro e para facilitar fiz todo o trajeto a pé - aqui em São Paulo as vezes é muito mais rápido sem o carro, por incrível que pareça. Poucos minutos depois de sair de casa e alguns quarteirões mais pra frente comecei a notar que ao longo do meu percurso sempre havia um tabagista na minha frente. Fiquei observando isso e quando retornei para casa confirmei que o trajeto inteiro havia sempre alguém com o cigarro na minha frente.
Enquanto de um lado poderia ser encarado como um teste de resistência, por outro eu não senti a menor vontade de fumar, pelo contrário, fiquei o caminho todo desviando da fumaça e acima de tudo do cheiro dela. Se era um teste eu passei com nota 10 com louvor e mais ainda: que teste besta!
Já me perguntaram se ver uma pessoa fumando me dá vontade de fumar, assim como eu já percebi que muitos fumantes que sabem que eu parei se afastam de mim quando vão acender o fedidão. Hoje, passados mais de 50 dias sem fumar eu consigo afirmar: não dá vontade nenhuma, é bem tranquilo, fiquem calmos! Aliás, dá um nojinho do cheiro, coisa que tento disfarçar para não acharem que entrei para o esquadrão anti-fumo.
Se eu puder dizer que sinto alguma coisa a respeito é curiosidade! Eu fico imaginando como eu reagiria hoje se pudesse fumar um único cigarro. Será que eu iria gostar? Tossir? Sentir nojo? De qualquer forma eu imagino que essa curiosidade ainda seja efeito do vício: o maldito sabendo que estou feliz sem ele me faz deixar curiosa para eu ir lá e me viciar de novo. Negativo cara-pálida! Eu sei que um único trago vai me fazer descer ladeira abaixo então se o problema é a curiosidade ficarei com essa dúvida para sempre!
Eu nunca, nunca na vida imaginei que em tão pouco tempo a minha resistência de ex-fumante estaria tão forte. Como eu sempre reforço, isso não significa que eu não tenha que me policiar frequentemente, sei que dentro de mim mora um antigo vício e que está adormecido. Por outro lado eu despertei em mim um morador muito mais importante: o amor próprio e é para ele que eu vou dedicar os meus momentos daqui pra frente!
Vamos que vamos! Força Carol! Rumo ao 2º mês - está chegandooo!

4 comentários:

  1. Olá, boa tarde,

    Acredito que a curiosidade será permanente ao passar dos tempos. Não tenho problemas com o cheiro do cigarro, não me incomoda, mas, sempre me preocupei em não fumar próximo de pessoas não fumantes.

    Fumei durante 10 anos, fiquei 5 sem fumar, voltei a fumar e durante 7 anos fumei mais do que antes, agora passado 74 dias sem fumar quero que a curiosidade seja sempre permanente. Só curiosidade.

    Hoje acredito e tenho a maior certeza do mundo que o cigarro nunca me aliviou o stress e sim foi a causa do mesmo, piorando ao passar dos tempos.

    #tmj

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    1. Olá Claudio!
      Obrigada pelo comentário, fico feliz em interagir aqui no blog! =)
      Olha só, você depois de 10 anos teve uma recaída. Como esse vício é terrível! Que essa curiosidade fique só como curiosidade mesmo. Para todos nós!
      Pelo visto você também está na turma dos ex-fumantes que perceberam que o cigarro é que trazia o stress. Estamos juntos! Eu nunca pensei que parar de fumar ia me deixar mais calma, está sendo tudo uma loucura. Quanta descoberta!
      Um grande abraço e vamos que vamos! =)
      Carol

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  2. Belo texto, continue firme e apenas na curiosidade e digo mais, tenha medo de se testar ou se "permitir" a dar um trago, pois enquanto tiver esse receio de que pode colocar tudo a perder você se manterá uma pessoa não fumante, agora se achar que pode se permitir a "experimentar" o fedido depois de tanto tempo e achar que pode não gostar... bom, esse é um risco grande, pois temos a tendência de insistir em algo que seja mais que um trago, lembre-se que foi exatamente por essa insistência que viramos fumantes inveterados, se tivéssemos parado nos primeiros tragos que por sinal são horríveis, na certa não nos tornaríamos viciados. Enfim, e duvido muito que um ex-fumante se satisfaça com apenas um "trago" de curiosidade...

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    1. Olá Rodrigo!
      Obrigada pela mensagem e pelo conselho!
      Realmente, tenho medo de matar a curiosidade e me arriscar assim. Não quero colocar tudo a perder, tenho vivido tão bem sem o fedorento!! =)
      É um passado meu que tem que ficar adormecido para sempre, qualquer novo trago e o meu lado fumante vai acordar. Eu hein!!
      Um grande abraço e obrigada pela mensagem!
      Carol

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