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sábado, 31 de dezembro de 2016

Na madrugada antes da corrida!

Enquanto aproximadamente 30.000 pessoas descansam para a corrida de amanhã eu resolvi vir aqui fazer um post rápido. Quem acompanha o blog sabe, quem chegou mais recente vai saber agora, mas amanhã é minha estreia na Corrida de São Silvestre! Estou ansiosa. Sei que não é uma maratona ou uma meia da modalidade, mas para mim é um simbolo muito forte. Das tradições da minha cidade e da minha decisão desse ano.

Eu lembro exatamente onde eu estava quando as inscrições abriram. Eu viajava pela Escócia e minha melhor amiga mandou a mensagem. Eu estava no trem e ela cogitou fazer a minha inscrição, uma vez que sabia que eu estava longe e com acesso limitado a internet. Tremi... que medo... como fumante eu não ia fazer essa prova muito bem... prometi que me inscreveria chegando no Brasil. Cheguei de volta e nada.

Alguns dias depois fui correr outra prova com outra grande amiga, da mesma turma. Ela já tinha se inscrevido e me questionou. Fiquei com vergonha de falar a verdade é só disse: A São Silvestre é um clássico. Ela acenou concordando. Continuei prometendo que eu ia me inscrever. Aqui estamos!

O parar de fumar veio bem depois, mas sempre enfatizo que a São Silvestre foi a última gota d'água. Aquele empurrão final para algo que eu ha algum tempo queria. Ironicamente essa semana de tanta ansiedade a unica coisa que eu pensava era em fumar um cigarro. Vai entender. Não fumei pessoal. Não fumarei mais, que fique bem claro.

Amanhã acordarei cedo para mais uma corrida, mas não é mais uma, mas A corrida. Aquele divisor de águas, com as amigas que acreditaram em mim e que nunca me julgaram, nem mesmo quando eu decidi parar de fumar e não as comuniquei com antecedência suficiente para dar a elas o papel de amigas, de abraçar e apoiar, pois elas sempre fizeram isso.

Paulão Hermana e Pat, obrigada por existirem na minha vida. Obrigada pela insistência Amo vocês! Aproveito para agradecer ao meu marido. Tão companheiro que embarcou nessa comigo. À turma do QuitNow Runners! Amanhã é dia! E a você que esteja lendo isso. Obrigada por fazer parte da minha vida também!

Vamos que vamos. Depois vem um post exclusivo desaa data comemorativva!

Força Carol, Paula, Pat, Ale, Ivan, Livia, Michelle.

Amanhã é dia de São Silvestre. Dia de ser feliz!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

4 meses!

Dia 29 chegou! Já sabem. É festa!



Aqui estou comemorando mais um mês de vitória, superação e descobertas nessa vida nova que eu tenho levado! Acreditem, eu comemoro mesmo! Só um ex-fumante sabe o trabalho que dá parar de fumar, então eu me sinto sempre muito vitoriosa. Todos nós temos que nos sentir durante esse processo!

De um mês para o outro eu já não sinto diferenças tão gritantes como era no começo, exceto pela alegria em ver a quantidade de dias sem o cigarro aumentar cada vez mais!

Também aprendi nesses meses que a distância entre o dia que estou e o último cigarro não significa que eu possa relaxar totalmente e parar de me cuidar. As fissuras podem aparecer e não posso deixar que elas me enganem. Eu não vou perder essa batalha!

Esse mês deixarei para celebrar essa conquista daqui a dois dias na Avenida Paulista na Corrida de São Silvestre! O mais legal? Para essa festa estarão presentes meu marido, minhas grandes amigas,  e quase toda a turma do Quit Now Runners! Aguardem! Será uma comemoração pra lá de especial!

Deixo aqui com vocês uma música comemorativa da data de hoje e que também me ajuda muito em todas as minhas corridas - inclusive vai me ajudar na de sábado. Rá!
Don't stop me now! Não, ninguém vai me fazer parar!

Vamos que vamos! Até a próxima pessoal!

Don't stop me now I'm having such a good time!



terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Liberdade de escolha



Parar de fumar me trouxe descobertas bastante interessantes e que não estavam na minha lista imaginária de "coisas que vão acontecer quando eu parar de fumar".

Explicando melhor, quando pensava em parar com o cigarro eu pensava nas coisas mais óbvias: visa saudável, economizar dinheiro, evitar doenças, etc. Desde que parei fui me deparando com novas possibilidades, descobertas incríveis e hoje gostaria de compartilhar mais uma com vocês: a liberdade de escolha do meu caminho!

Hein?

Como tabagista e com o vício bastante acentuado, ir para casa não era simplesmente pegar o carro no trabalho e ir embora. Envolvia desde fazer o trajeto onde eu poderia fumar mais tranquila (ou em maiores quantidades dependendo do dia) até a terrível saga de ter que parar para comprar cigarro.

Quem orientava o meu caminho era o cigarro: se eu estava com vontade de fumar, se o pacote estava acabando, se era melhor eu garantir e comprar mais um pouco. Era bem comum eu alterar absolutamente o meu trajeto e dar toda uma volta para conseguir parar em algum lugar para comprar o maledeto. Sem contar quando eu já estava dando a maior volta da história e chegando na loja de conveniência... não tinha cigarro. Então lá ia eu dar mais uma volta gigante em busca de outro lugar, as vezes de outro e mais outro e não era incomum andar quilômetros a mais até encontrar o meu cigarro.

Até a pé eu várias vezes mudava o meu percurso. Regra regal eu optava por um caminho menos ingrime para eu fumar sem tanta dificuldade e frequentemente incluía no trajeto uma banca de jornal, quiosque, ou o lugar que fosse para eu fazer minhas compras, se é que me entendem.

Eu admito que toda a saga de compra de cigarro dos últimos tempos como tabagista me dava mau humor.

Hoje eu acho sensacional entrar no carro e voltar do trabalho pelo caminho que eu quiser, vai ser indiferente se tem um posto de gasolina ou uma lojinha de parada fácil. Acho incrível andar a pé observando a rua e não procurando desesperadamente um lugar para comprar cigarros.

Querem saber? Isso é a maior sensação de liberdade da minha vida!

Adeus escravidão! Quem manda no meu caminho sou eu!

Vamos que vamos, até a próxima pessoal!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

De presente de Natal - a maior fissura da história!



Na última madrugada eu tive um sonho daqueles que a gente acorda até meio confusa de tão real que foi. No sonho eu fumava, assim, na cara de todo mundo. Já é a segunda vez que tenho esse tipo de sonho e é bastante perturbador.

Era um único cigarro e eu ainda dizia para não brigarem comigo, pois era um único cigarro. Ainda no sonho eu entrava no blog e pedia perdão por ter decepcionado todo mundo, que isso não ia se repetir. Como um todo eu me sentia mal o tempo todo por ter fumado. Acordei extremamente angustiada e levei alguns minutos para perceber que se tratava apenas de um son... pesadelo!

Há exatos três dias eu tive uma "fissura-guerra". Uma que eu nunca tinha tido desde que parei de fumar e foi um dia que, de verdade, eu achei que não ia resistir e eu iria colocar tudo a perder. A sensação que eu tive foi exatamente o que eu sentia na época de fumante quando eu não podia fumar. Dor de cabeça, dor na bochecha, até meu dedo doía e se eu realmente não estivesse tão determinada a esse projeto, eu com certeza absoluta teria tido uma recaída ali.

Passei o dia me sentindo mal, o dia desejando um cigarro e nada parecia funcionar: nem a água, nem balas, chás, chicletes... na hora do almoço parei em frente a uma banca de jornal e olhei o cigarro avulso. Pensei bastante a respeito dele, virei as costas e fui embora.

Essa sensação péssima durou até a manhã do dia seguinte e do nada desapareceu. Foi embora a tempo do Natal chegar e a partir de então tudo ocorreu tranquilamente como tem sido ultimamente.
Irônico, não? Eu aqui toda fortona falando que as fissuras sumiram quando pá, vem um verdadeiro tsunami me aterrorizar e mostrar que não, eu ainda não estou tão livre leve e solta quanto eu imagino. Que sirva de alerta para mim, eu ainda preciso ter cautela.

Agora eu garanto para vocês que nesse exato momento enquanto eu digito está tudo sob controle e trabalharei arduamente para assim continuar. Eu já cheguei tão longe, não quero colocar tudo a perder bem agora... eu não vou deixar o pior acontecer. Eu posso viver sem o cigarro, eu acredito!

Vamos que vamos, força Carol!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Feliz Natal!



Natal está aí, batendo na porta.
Será o meu primeiro sem fumar depois de muito tempo!
Parei para pensar a respeito e a última vez que passei essa data assim eu era menor de idade, que loucura!

Desejos especiais desse blog para as festinhas e encontros natalinos dos próximos dias:
Para a turma de ex-fumantes: muita força, não caiam em tentação, não deixem uma única data estragar todo o esforço sobrenatural que tivemos até agora! Força! Boraaa!!!
Para os não fumantes: deixem os tabagistas em paz! Não tentem convencê-los a parar, não façam isso. Já deixei bem claro por aqui que não é com esse discurso e nem desse jeito que vocês vão convencer ninguém.
Para os fumantes: aproveitem por mim, eu não posso nunca mais.. haha...e se um dia quiserem parar, estou por aqui! =)

Por fim, o clássico, mas verdadeiro: Feliz Natal a todos, com muita paz, união e felicidades!
Vamos que vamos pessoal! Ho ho ho!

Semana que vem tem mais, muito mais! (A São Silvestre vem aí! Preparados? Eu não! Rá!)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Um fantasma que me acompanha

Eis um tema que está em minha pauta do blog há tempos, mas é um assunto sempre a se evitar a conversar e a pensar. O fantasma das doenças que me acompanha constantemente.

Acredito que não sou a única no universo dos tabagistas que tem esse receio, trata-se de um pensamento que de tempos em tempos me atormentava e ainda que eu tenha parado de fumar ele continua a me visitar. Nos 14 anos de tabagismo eu tive que tirar uma chapa do pulmão em 03 momentos e garanto que em todos eles eu suei frio enquanto não saia o resultado.

A primeira vez foi quando eu era bem nova, precisava tirar um visto e na documentação incluía enviar uma chapa do pulmão para comprovar que eu não tinha tuberculose. Na época eu era menor de idade e meu maior medo era minha mãe descobrir, através daquele exame, que eu comprovadamente era uma fumante mirim.

A segunda vez foi há alguns anos em uma tentativa da minha médica de me assustar e me fazer parar de fumar. Ela me deu a guia e eu não fiz o exame. Ela ligou tanto e me infernizou tanto que lá fui eu fazer. No resultado não deu nada, mas eu admito que tremi na hora de abrir o envelope.

A terceira e última foi nesse ano mesmo. Fui no ortopedista verificar uma dor no pescoço e ele pediu a radiografia, pois desconfiava que se tratava de uma escoliose. Se meu marido não estivesse comigo na consulta eu admito que teria fugido e nunca mais aparecido na frente daquele médico. Enfim, não foi possível e lá fui eu de novo. O resultado apontou uma baita de uma coluna torta e o diagnóstico certeiro de escoliose. Nada mais.

Verdade seja dita, em todo o meu tempo de fumante qualquer alteração em exame, sensação de mal estar ou mudança no corpo eu sempre associava ao cigarro. Eu sempre soube de todas as doenças que cada tragada poderia trazer para mim - já disse, todo fumante sabe - mas era sempre um assunto para se pensar mais pra frente, porque me atormentava demais pensar naquilo. Além de tudo eu já tenho o histórico de câncer na família. Da minha mãe. No pulmão. Por causa do cigarro.

Existe um consenso dos fumantes em que todos sabem o que pode acontecer, mas é um assunto a se evitar. De vez em quando entre os tabagistas aparecia uma história de alguém que ficou doente, que teve algum problema de saúde e o assunto termina por aí. No máximo pode acontecer um "Putz, preciso parar de fumar", mas o silêncio e olhar entre nós já diz tudo.

Toda essa história para dizer que agora que eu parei eu ainda estou inquieta com essa questão de saúde. Tenho o alívio de pensar que até o momento eu estou saudável, ou acredito estar, e que consegui parar com o vício antes de ter alguma complicação. Por outro lado eu tenho a consciência de que eu apenas parei, mas carrego comigo essa bagagem suja e pesada, nem tudo está resolvido e o que posso fazer daqui pra frente é torcer para que seja apenas algo a se ficar no passado e que não me atormente no futuro.

Eu precisava falar sobre isso, era um desabafo necessário. Ufa!

Vamos que vamos, até a próxima pessoal!

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Beber sem fumar - quase 4 meses depois de parar de fumar

Quem acompanha esse blog sabe o quanto eu sofri nas primeiras vezes que eu bebi cerveja sem o cigarro. Uma sensação de vazio, uma tristeza e a impressão de que minha amada cervejinha ou vinho perderam toda a graça para sempre. 

Eu fiquei realmente inconformada e por muitas vezes me questionei se eu não poderia abrir uma única exceção e me permitir o cigarro nos momentos etílicos. Também em outras vezes pensei se não era melhor eu deixar de consumir bebidas alcoólicas para sempre, já que aquilo sem o cigarro era tão esquisito. 

E a vida continuou.

Por mais que eu deteste admitir, por mais que nem eu acredite que isso é possível e deixando para trás o meu orgulho de não dar o braço a torcer, sou obrigada a fazer aqui uma declaração pública. Eu nunca achei que um dia eu falaria isso, mas hoje, quase 04 (quatro) meses depois de parar de fumar eu admito: é possível tomar uma cervejinha sem o cigarro, é gostoso e não dá mais a sensação de "falta alguma coisa para acompanhar".

Eu fiquei surpresa! Eu estava me prendendo tanto na ideia de que aquilo era ruim, estava errado, era uma tortura, bla, bla, bla, e quando eu me dei conta eu vi que era totalmente possível, eu fazia aquilo e de certa forma achava bom que eu não estava fumando. Especialmente nos dias pós pé na jaca eu agradeço demais a mim mesma pelo fim do tabagismo.

Já falei aqui da ressaca dos que não fumam, certo? Ela é maravilhosa perto das dores de cabeça e na bochecha na minha época de fumante.

Ainda assim eu admito: a receitinha cigarro e bebida é boa demais (sou orgulhosa, avisei, dou o braço a torcer pero no mucho), mas beber sem fumar também é gostoso, é totalmente possível e não é mais nenhuma tortura. É um prazer igual, mas diferente - se assim posso dizer.

Eu fico feliz, pois nessa história toda isso era um dos meus pontos fracos e tenho agora mais um problema resolvido!

Ex-fumantes e fumantes que pretendem parar que me acompanham por aqui: existe bar sem o cigarro! Confiem em mim! E olha que eu sou uma esponjinha etílica!

Viva!

Vamos que vamos, força Carol! Rumo ao bar! Rá!

Saúde!



segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Nota rápida - tão corrida quanto esse mês!

Dezembro é tão controverso! Ao mesmo tempo que ele me é muito agradável, pois traz consigo meu aniversário, o Natal e o verão, é também uma época em que parece que tudo precisa ser resolvido e feito urgentemente. Em outras palavras: minha vida vira uma correria sem fim!

Por essas e outras o blog está meio parado, peço desculpas, mas eu sigo aqui firme e forte na luta!
Minha relação com o cigarro está bem mais distante, difícil eu lembrar dele e nas poucas ocasiões que ele me vem à cabeça são nas horas que eu só consigo pensar "como é bom não depender mais dele".

Eu me sinto feliz e percebo que estou já bem adaptada à nova rotina sem a fumaça. Ontem um amigo me perguntou se eu olhando as pessoas fumando não sentia vontade nenhuma. Eu fui bem franca: não sinto vontade e não quero mais fumar. Eu não vou porque eu não quero, que fique claro isso! Ele me respondeu "então você realmente é uma ex-fumante, no sentido, não vai ter recaída nunca mais".

Assim espero!

Vamos que vamos! Até a próxima pessoal!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Sobre recaídas e ex-fumantes

Nos últimos tempos andei pensando em como eu ficaria e como eu reagiria se eu resolvesse desistir de tudo e voltar a fumar. Vou deixar claro aqui que essa não é uma possibilidade, mas comecei a pensar a respeito para entender e driblar as poucas fissuras que me aparecem. O questionamento foi bem direto: "Ok Carol, está liberado, pode voltar a fumar. Feliz agora?"a minha resposta seria, sem sobra de dúvidas, "Não".

Pela minha vida foram diversas as vezes que eu encontrava algum tabagista que se queixava do fato de estar fumando, geralmente isso vinha de alguém que tinha sofrido uma recaída. Eram sempre meio dramáticos, estavam sempre  frustrados com a situação em uma relação clara de amor e ódio com o cigarro.

Eles de certa forma me assustavam, pois levavam ao meu imaginário a tortura que deveria ser parar de fumar e, mais ainda, a certeza de que eu teria uma recaída. Eu também não entendia como alguém que tinha voltado a fumar poderia estar tão triste. Aliviar o vício, largar a tortura da abstinência, aquilo deveria ser bom.

Hoje, na minha atual situação, depois de pela primeira vez ter parado de fumar eu entendo esses  fumantes descritos aí em cima. Como eu falei, se eu voltasse a fumar não seria feliz, nem um pouco. Mais ainda, depois de passar por tudo que eu passei eu me sentiria muito fracassada, arrasada e com certeza entraria nessa relação de amor e ódio absoluto com o cigarro. Recaídas devem ser altamente frustrantes. Atualmente é um dos maiores medos que eu tenho.

Acredito que depois que eu parei eu nunca mais nessa vida vou conseguir fumar com a serenidade e blasé de outrora. Não que eu queira, que fique claro isso, mas é esse o tipo de pensamento que eu tenho quando a fissura vem.

Se eu serei infeliz, não fumarei sossegada e, além de tudo, hoje sinto os benefícios de não fumar, por que raios eu voltaria? Eu me agarro nisso e sigo em frente. Hoje as fissuras são bem poucas, mas eu ainda preciso de algo para me agarrar nesses momentos de tentação.

É isso aí, vamos que vamos.
Até a próxima pessoal!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Bafofô!

No meio dessa aventura eu descobri algo que sequer passou pela minha cabeça que poderia acontecer: a presença do bafofô!

Bafofô? Vocês me perguntam. Sim! O famoso mau hálito, apelidado como bafo e carinhosamente agora denominado bafofô! Convenhamos, se desde o título eu tivesse deixado claro sobre o que o post seria a respeito ninguém ia ler até o fim, ou ainda pior, talvez nem clicar para ver do que se tratava. Eu não leria, admito, mas com o bafofô tudo fica diferente, mais simpático e curioso!

Verdade seja dita, em todos esses anos de fumante vira e mexe eu topava com alguém com o famoso bafinho durante uma boa prosa. Eu sempre me questionava porquê a criatura exalava tal odor pela boca e eu não. Claro que eu não, hoje percebo que da minha boca saia um único cheiro: de cinzeiro!

Pois bem, vida de ex-fumante continua e outro dia em uma conversa senti algo e pensei: "Não... dessa pessoa não.". Não mesmo, o cheiro vinha de mim. Meu primeiro bafo(fô)! Gente! Pode parecer idiota, mas foi nesse momento que toda a questão de higiene bucal fez sentido para mim.

Na minha era de fumaça eu cuidava da boca para não perder os dentes mesmo, mas nunca me preocupei tanto com o hálito, afinal de contas eu não tinha muita opção. Hoje eu entendo melhor a questão do bafo - ter uma boca que não fede cigarro o tempo todo me fez perceber outras possibilidades, sendo que nem todas podem ser... digamos... agradáveis!

Mais uma vez na listinha do "coisas a se ganhar ao parar de fumar" eu faço uma descoberta inusitada. Besta, mas inusitada! Como eu sempre digo, é vida que segue, com descobertas bafônicas (Rá!).

Vamos que vamos, direto pro Listerine!
Até a próxima pessoal!


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Aniversário (e o dia em que meu pai soube que eu parei de fumar!)

Pra mim hoje é ano novo! Meu aniversário! Viva!!!!!!

É pique, é pique, é pique é pique é pique!!

Quantas comemorações nas últimas semanas, não é mesmo? 03 meses sem fumar, 100 dias sem fumar, recorde na corrida, aniversário... são tempos felizes esses, quanta alegria!

Nos meus aniversários eu nunca faço comemoração. Me animo no primeiro instante, depois desanimo e quando está em cima da hora eu me animo de novo - mas aí eu lembro que faço aniversário em dezembro, todo mundo está com mil coisas para fazer nessa época e percebo o porquê eu não quis fazer nada no primeiro momento: é impossível achar uma data. Com isso em mente, esse ano tive várias pequenas comemorações, nenhuma grande aglomeração, mas todas muito especiais e com muito amor envolvido.

Ontem foi a comemoração com o meu pai. Tradicionalmente sempre saímos para jantar nos nossos aniversários, ontem por se tratar de um domingo foi feito um almoço. Tudo muito gostoso, clima fraternal e na hora que eu estava me despedindo para ir embora lá foi o meu marido e pá: contou para o meu pai que eu tinha parado de fumar.

Na minha vida eu vi meu pai chorar em 03 ocasiões: quando minha mãe morreu, quando eu casei e ontem, quando ele soube da notícia. Ele chorou copiosamente e eu desmoronei no abraço dele. De verdade? Eu merecia mesmo é uma bronca por ter fumado todo esse tempo! Eu sei que merecia e até por isso não quis contar para ele que parei, porque eu não deveria nem ter começado e já que comecei já deveria ter parado faz tempo. Só que pai é pai, né? Perdoa sempre. Não basta não me dar a bronca, ainda me agradeceu por ter parado. Eu além de chorar fiquei paralisada por alguns momentos. Foi realmente muito emocionante o dia de ontem!

A partir de hoje inicio uma nova primavera, será meu primeiro ano de idade na vida adulta sem fumar e vai ser maravilhoso! Recebi abraços sábado, ontem e hoje e a melhor parte é poder abraçar e ser abraçada ao receber os cumprimentos sem medo do cheiro do cigarro estar muito forte. Sem medo de ser feliz!

Agora com licença que vou lá comemorar, assoprar as velinhas e desejar que essa minha força de vontade não vá embora nunca! Vou aproveitar e mudar meu perfil do blog também.

32 anos. Paulistana e Sagitariana!

Até a próxima pessoal!

sábado, 10 de dezembro de 2016

Desafio da balança - boletim especial

Passando rapidamente para dizer que resolvi me pesar hoje. Eu não costumo me pesar, vocês sabem, mas eu senti que algo poderia estar diferente então lá fui eu. Resultado: estou abaixo do peso que eu tinha quando parei de fumar! 0,4kg mas estou e isso é muito empolgante! Por isso resolvi fazer esse boletim especial aqui no blog!

Eu sinceramente tinha tanto medo do meu metabolismo entrar em parafuso eterno e eu engordar sem limites. Eis que três meses e pouco depois de parar de fumar eu não só organizei meu metabolismo, como consegui até perder peso! E digo mais: sem dobrar a quantidade de atividade física e sem nenhuma dieta maluca. Emagreci, simples assim! Encontrei meu ponto de equilíbrio nesse mundo sem fumaça!

Esse déficit veio na hora certa, pois hoje inicio as festividades de final de ano e a comilança sem fim. Venha 0,4kg que eu vou lhe usar!

Iuhuuuuuuu!!! Até a próxima pessoal!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

O fim de outros hábitos

Tenho notado que o parar de fumar me trouxe um outro benefício que não costuma aparecer na listinha de "coisas a ganhar ao parar de fumar". Eu me distanciei cada vez mais de redes sociais e joguinhos online que só me faziam perder tempo e não me agregavam nada.

Quando eu ia fumar, sozinha em algum canto, para não fica sem fazer nada eu sempre acabava entrando em alguma rede social. Em casa nos finais de semana, como eu tinha mais tempo, eu entrava em joguinhos do tipo Candy Crush, FarmHeroes e derivados e passava horas e horas distraída com isso.

Não vejo problema nenhum em entrar no Facebook, Instagram ou em jogar algumas partidas do joguinho, mas percebi que agora que eu não fumo eu não tenho mais muita paciência para ficar fuçando nisso. Especialmente no caso dos jogos, eu nunca mais entrei desde que parei a fumar e não sinto a menor vontade. Inclusive deletei do meu celular!

Eu gosto de participar das redes sociais, não me vejo deletando nenhum aplicativo nem nada do gênero, mas percebi que como agora eu tenho menos para me dedicar a isso e no pouco tempo que eu fico online eu tento fazer algo mais útil por ali: mandar uma mensagem de aniversário, verificar alguma notícia ou programação e paro mais ou menos por aí.

Também percebi que eu tenho interagido muito mais pela fanpage do blog do que na minha própria página pessoal. Acredito que é por se tratar de um assunto que me interessa. Na minha timeline infelizmente hoje em dia só vejo dicussão, stress e briga de egos.

No fundo redes sociais e joguinhos são outras maneiras de vício. Sem química, claro, mas viciam sim. No meu caso eles eram uma extensão do ato de fumar e hoje me sinto mais controlada e até menos prisioneira deles também!

É realmente o fim da escravidão, o começo de uma verdadeira liberdade física e psicológica.

Parar de fumar só me trouxe alegrias!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

O terceiro dígito!

Hoje completo 100 dias sem fumar. É festa!!!!! Vamos lá, no ritmo!!!


Dancinha comemorativa, façam vocês também! Iuhuu!!
Esse processo de ex-tabagista teve momentos bem marcantes. Quando consegui a primeira semana e o primeiro mês foi emocionante, eu realmente me sentia como se tivesse acabado de ganhar um prêmio (bom, de certa forma eu ganhei). Daí passei a fazer as festinhas mensais comemorativas, mas eu estava esperando ansiosamente pela minha estreia no terceiro dígito! Eis que ela chegou: 100 dias sem fumar, aqui estamos!

Eu fico me colocando pequenas metas para alcançar, pois quando paro e penso que esse processo é para sempre me dá um calafrio e uma pequena vontade de fumar, com uma voz que diz "Vixi! Pra sempre. Duvido que você vai conseguir.", então eu fico tentando alcançar prazos mais curtos para esse para sempre não ficar tão assustador.

Outro dia me falaram uma frase que achei sensacional e acredito que ela vai muito de acordo com a data de hoje. Comentaram que o interessante de parar de fumar é que quebramos um recorde todos os dias. No meu caso é bem verdade! Minha primeira tentativa e já cheguei tão longe! Recorde atrás de recorde! Para uma pessoa que nunca tinha passado sequer um dia inteiro sem fumar nos últimos 14 anos, é uma conquista monstruosa!

A partir de hoje viverei na casa dos três dígitos por aproximadamente dois anos e meio, ou seja, viverei uma longa temporada no mundo das centenas! Sinto como se estivesse entrando em uma nova era, atravessando um túnel com pessoas gritando o meu nome, flores sendo lançadas, gritos e danças. Ai gente, desculpa, é muita empolgação!

Seja bem vindo querido 100 dias sem fumar! Sinta-se em casa, não se acanhe e acima de tudo: não vá embora meu querido!

Vamos que vamos, força Carol centenária! Yeah!!

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

O olfato apurado!

Dia desses entrei no elevador do meu prédio e assim que a porta fechou eu comentei com meu marido: "Tinha um fumante aqui dentro". Em outra ocasião eu entrei no hall do meu andar, onde há outras 03 portas dos vizinhos e pensei "Algum vizinho começou a fumar ou teve uma visita fumante". Uma moça veio pedir uma informação para mim no mercado e assim que ela começou a falar eu deduzi "Essa é tabagista".

Eu fico impressionada como o meu olfato, especialmente para o cigarro, ficou apurado. Eu sei que eu já vim com esse papo aqui em outras vezes, mas de verdade, eu fico impressionada com o quanto ele está apurado!

Nenhum fumante passa despercebido por mim, esteja ele perto, longe ou ausente do lugar. Não sei se o problema é comigo, com o fato de eu ser ex-fumante ou os dois ao mesmo tempo, mas chega a ser assustador como eu consigo identificar o cheiro mesmo em lugares onde ninguém percebeu nada.

Dizem que não adianta a pessoa fumar escondido, pois pelo cheiro dá para perceber se a pessoa fumou ou não. Eu não sei se essa regra é válida para todos os casos, mas se todos os ex-fumantes desenvolveram o mesmo olfato apurado que eu, o famoso ditado seria "não adianta fumar escondido de um ex-tabagista, ele vai perceber o cheiro mesmo depois que você tiver tomado banho". Ok, essa última parte foi um pouco de exagero, mas que não dá para esconder não dá! Pelo menos não de mim!

Por falar nisso tudo, quem acompanha o blog desde o início lembra que o cheiro do meu carro me incomodava muito. Pois bem, algumas lavagens depois e o cheiro mudou para azedume com toques de aspirador de pó (o aspirador deixa um cheiro no ar sim senhores). Melhorou, admito, mas ainda assim me incomodava. Um belo dia fui na concessionária e na hora do orçamento chorei desconto, chorei, chorei, chorei e além do desconto consegui uma higienização do ar condicionado de cortesia!

Eu dei risada e disse para o atendente "melhor coisa que eu poderia ter ganhado, eu parei de fumar e acho que só isso para resolver o meu problema com o cheiro do carro". Rá, foi o presente da concessionária por eu ter parado de fumar, quem diria. Depois disso o cheiro praticamente sumiu, aparecendo esporadicamente em dias de muito calor - o que não tem acontecido com muita frequência, diga-se de passagem.

Enfim, vida que segue, agora fui promovida para a expert dos odores!

Vamos que vamos, até a próxima!

domingo, 4 de dezembro de 2016

Quit Now Runners

Domingo é dia de.... corrida!

A prova de hoje foi a Olga Kos, edição de dezembro nas imediações do Parque do Ibirapuera!

Não bati nenhum recorde pessoal, não fiz nenhum trajeto novo, mas tive uma grande novidade hoje: conheci pessoalmente dois ex-fumantes do grupo de corrida que montamos no WhatsApp - mas que originalmente nos "conhecemos" no chat do Quit Now! Livia e Ivan, ainda que tenha sido um encontro rápido, fiquei muito feliz em conhecê-los pessoalmente!

Divertido! Converso com tanto ex-fumante pela web e quando nos vemos ao vivo dá até aquela sensação: "é de verdade Carol, tudo isso está acontecendo"! Viva!

Sim, eu parei de fumar,  eu continuo correndo, eu recuperei o meu peso, conheci gente nova.... vida que segue, cada vez melhor!

Até a próxima pessoal! Vamos que vamos!

Vida que segue, cada vez melhor! 

sábado, 3 de dezembro de 2016

Desafio da balança - 3 meses depois

Terceiro mês do desafio da balança, preparados?

Para quem está chegando agora e não está entendendo bulhufas, deixa eu explicar. Logo que eu parei de fumar eu lembrei daquela máxima que dizem por aí "parar de fumar engorda" e, após pesquisas no Dr. Google, nada de fato me dizia se isso era só uma lenda ou se de fato parar de fumar engorda. Daí então eu me comprometi a me pesar mensalmente para verificar se houve mudanças (se quiser ler o post na íntegra, segue o link).

Bom, recordar é viver então vamos voltar para onde paramos no último mês. Eu estava 0,9kg acima do meu peso original de quando eu parei de fumar, certo? Apesar de tudo, isso era um bom sinal, pois eu já havia perdido alguns quilinhos que ganhei desde que parei de fumar.

Nesses últimos 30 dias que se passaram a minha abstinência já estava bem mais controlada, as fissuras poucas vezes me visitaram e, com isso, achei muito mais fácil me concentrar nas minhas atividades rotineiras. Por outro lado, tive praticamente 01 churrasco por final de semana - ou programa tão engordativo quanto. Murphy, always a pleasure.

De qualquer forma, continuei minha academia com a mesma frequência que eu fazia, corridas e tudo mais que eu sempre fiz. Não me pesei em nenhum dia nesse período, preferi também continuar a fazer o que sempre fiz e sempre funcionou, além de não me deixar ansiosa.

Quando fui me pesar foi bem tenso, viu? Mas fazer o que, tomei coragem e fui.
Preparados?
Que rufem os tambores!!
E o resultado é:

Eu recuperei o meu peso inicial! Que alegria!
Repetindo.
EU VOLTEI AO MESMO PESO QUE EU TINHA QUANDO PAREI DE FUMAR!



Gente. Inacreditável! Juro que subi duas vezes para a balança para conferir se não era loucura minha. Aí fui lá na fita métrica e, claro, as medidas voltaram certinho! Viva!!!
Que alívio. Que sensação boa! Que alegria!!!

Eu continuo defendendo para quem quer parar de fumar que inicialmente se preocupe com o parar de fumar propriamente dito. Eu tive certa ansiedade e comi bastante doce no começo, eu admito, e não foi lá uma mega surpresa eu ganhar alguns quilinhos. Peder peso é chato, tarefa complicada de certa forma, mas deixe para se dedicar a isso depois que o parar de fumar já está mais controlado. E olha, nem todo mundo engorda não, viu? Alguns mantém a forma física e já vi casos de quem perdeu peso. Cada caso é um caso!

Eu manterei todos vocês alertas caso ocorra alguma mega modificação quanto a isso nos próximos meses, mas tenho certeza que se eu engordar ou emagrecer não poderei mais vincular isso ao tabagismo. Cá entre nós, uma confissão: ainda bem que meu peso voltou a tempo para as festas de fim de ano. Seria extremamente cruel me pesar dia 04 de janeiro depois do desastre da comilança nas ceias e confraternizações!

Alegria, alegria!!

Vamos que vamos, força Carol - agora no peso certo!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

3 meses sem fumar!

De repente: 03 meses sem fumar!



Que alegria, inacreditável! A frase que eu ainda acho que melhor define a minha situação é: faz tão pouco tempo, mas já tanto tempo! São tantas mudanças a cada mês que fica até difícil escrever quando chega essa data.

Se eu pudesse fazer um comparativo, ainda que esdrúxulo, seria mais ou menos assim. Imagine que você está preso em um buraco escuro, sem luz, e começa a buscar saída. Assim foi o meu primeiro mês. Muitas dúvidas, muito medo, muita novidade e, acima de tudo, muita dificuldade. A vontade de vencer era enorme, mas os desafios também.

Finalmente encontrei a saída e com ela o ar puro e a luz do sol, assim começou o segundo mês. Percebi que sair daquela situação não era o único problema. Como me acostumar com a claridade, os sons e o ar puro, se há tanto tempo eu estive fechada naquele lugar? O segundo mês foi de adaptação total.

O terceiro mês foi aquele em que eu já me sentia muito acostumada com muitas coisas, mas ainda assim caminhando com cautela, experimentando novas situações, tirando de letra outras, mas cada vez mais decidida a continuar e seguir em frente.

De novo eu olho pra trás e vejo que o pior já passou. O segundo mês achei mais fácil que o primeiro, agora no terceiro considerei extremamente mais tranquilo que os outros dois e tenho certeza que daqui a alguns meses vou ler tudo isso e pensar "Sabe de nada inocente". Mas um dia de cada vez, de passo em passo eu chegarei à liberdade verdadeira e definitiva. Eu acredito!

De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde, passados os três meses meu corpo já recuperou 100% a condição física. Ufa. É bom ter alguma novidade em relação à saúde!

As fissuras também mudaram nesses últimos tempos. Atualmente são bem raros os momentos em que elas aparecem e quando vem é tão mais tranquilo. Vem aquela lembrança do cigarro, da sensação que ele dava e tudo mais, mas logo minha cabeça se preocupa com outra coisa e a fissura vai embora.
Eu me sinto muito bem, cada dia melhor para ser mais exata e cada vez mais feliz de ter tomado essa decisão!

Esse post foi ao ar com dois dias de atraso em respeito à tragédia que tivemos dia 29 em Medellin. Para prestar uma homenagem final, em respeito à todas as vítimas, familiares, amigos e a todos que sentiram muito pela terrível tragédia, encerro o post comemorativo sem música, vamos juntos fazer um minuto de silêncio.

Vamos que vamos, até a próxima pessoal.
Força Carol. #ForçaChape 💚