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sábado, 31 de dezembro de 2016

Na madrugada antes da corrida!

Enquanto aproximadamente 30.000 pessoas descansam para a corrida de amanhã eu resolvi vir aqui fazer um post rápido. Quem acompanha o blog sabe, quem chegou mais recente vai saber agora, mas amanhã é minha estreia na Corrida de São Silvestre! Estou ansiosa. Sei que não é uma maratona ou uma meia da modalidade, mas para mim é um simbolo muito forte. Das tradições da minha cidade e da minha decisão desse ano.

Eu lembro exatamente onde eu estava quando as inscrições abriram. Eu viajava pela Escócia e minha melhor amiga mandou a mensagem. Eu estava no trem e ela cogitou fazer a minha inscrição, uma vez que sabia que eu estava longe e com acesso limitado a internet. Tremi... que medo... como fumante eu não ia fazer essa prova muito bem... prometi que me inscreveria chegando no Brasil. Cheguei de volta e nada.

Alguns dias depois fui correr outra prova com outra grande amiga, da mesma turma. Ela já tinha se inscrevido e me questionou. Fiquei com vergonha de falar a verdade é só disse: A São Silvestre é um clássico. Ela acenou concordando. Continuei prometendo que eu ia me inscrever. Aqui estamos!

O parar de fumar veio bem depois, mas sempre enfatizo que a São Silvestre foi a última gota d'água. Aquele empurrão final para algo que eu ha algum tempo queria. Ironicamente essa semana de tanta ansiedade a unica coisa que eu pensava era em fumar um cigarro. Vai entender. Não fumei pessoal. Não fumarei mais, que fique bem claro.

Amanhã acordarei cedo para mais uma corrida, mas não é mais uma, mas A corrida. Aquele divisor de águas, com as amigas que acreditaram em mim e que nunca me julgaram, nem mesmo quando eu decidi parar de fumar e não as comuniquei com antecedência suficiente para dar a elas o papel de amigas, de abraçar e apoiar, pois elas sempre fizeram isso.

Paulão Hermana e Pat, obrigada por existirem na minha vida. Obrigada pela insistência Amo vocês! Aproveito para agradecer ao meu marido. Tão companheiro que embarcou nessa comigo. À turma do QuitNow Runners! Amanhã é dia! E a você que esteja lendo isso. Obrigada por fazer parte da minha vida também!

Vamos que vamos. Depois vem um post exclusivo desaa data comemorativva!

Força Carol, Paula, Pat, Ale, Ivan, Livia, Michelle.

Amanhã é dia de São Silvestre. Dia de ser feliz!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

4 meses!

Dia 29 chegou! Já sabem. É festa!



Aqui estou comemorando mais um mês de vitória, superação e descobertas nessa vida nova que eu tenho levado! Acreditem, eu comemoro mesmo! Só um ex-fumante sabe o trabalho que dá parar de fumar, então eu me sinto sempre muito vitoriosa. Todos nós temos que nos sentir durante esse processo!

De um mês para o outro eu já não sinto diferenças tão gritantes como era no começo, exceto pela alegria em ver a quantidade de dias sem o cigarro aumentar cada vez mais!

Também aprendi nesses meses que a distância entre o dia que estou e o último cigarro não significa que eu possa relaxar totalmente e parar de me cuidar. As fissuras podem aparecer e não posso deixar que elas me enganem. Eu não vou perder essa batalha!

Esse mês deixarei para celebrar essa conquista daqui a dois dias na Avenida Paulista na Corrida de São Silvestre! O mais legal? Para essa festa estarão presentes meu marido, minhas grandes amigas,  e quase toda a turma do Quit Now Runners! Aguardem! Será uma comemoração pra lá de especial!

Deixo aqui com vocês uma música comemorativa da data de hoje e que também me ajuda muito em todas as minhas corridas - inclusive vai me ajudar na de sábado. Rá!
Don't stop me now! Não, ninguém vai me fazer parar!

Vamos que vamos! Até a próxima pessoal!

Don't stop me now I'm having such a good time!



terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Liberdade de escolha



Parar de fumar me trouxe descobertas bastante interessantes e que não estavam na minha lista imaginária de "coisas que vão acontecer quando eu parar de fumar".

Explicando melhor, quando pensava em parar com o cigarro eu pensava nas coisas mais óbvias: visa saudável, economizar dinheiro, evitar doenças, etc. Desde que parei fui me deparando com novas possibilidades, descobertas incríveis e hoje gostaria de compartilhar mais uma com vocês: a liberdade de escolha do meu caminho!

Hein?

Como tabagista e com o vício bastante acentuado, ir para casa não era simplesmente pegar o carro no trabalho e ir embora. Envolvia desde fazer o trajeto onde eu poderia fumar mais tranquila (ou em maiores quantidades dependendo do dia) até a terrível saga de ter que parar para comprar cigarro.

Quem orientava o meu caminho era o cigarro: se eu estava com vontade de fumar, se o pacote estava acabando, se era melhor eu garantir e comprar mais um pouco. Era bem comum eu alterar absolutamente o meu trajeto e dar toda uma volta para conseguir parar em algum lugar para comprar o maledeto. Sem contar quando eu já estava dando a maior volta da história e chegando na loja de conveniência... não tinha cigarro. Então lá ia eu dar mais uma volta gigante em busca de outro lugar, as vezes de outro e mais outro e não era incomum andar quilômetros a mais até encontrar o meu cigarro.

Até a pé eu várias vezes mudava o meu percurso. Regra regal eu optava por um caminho menos ingrime para eu fumar sem tanta dificuldade e frequentemente incluía no trajeto uma banca de jornal, quiosque, ou o lugar que fosse para eu fazer minhas compras, se é que me entendem.

Eu admito que toda a saga de compra de cigarro dos últimos tempos como tabagista me dava mau humor.

Hoje eu acho sensacional entrar no carro e voltar do trabalho pelo caminho que eu quiser, vai ser indiferente se tem um posto de gasolina ou uma lojinha de parada fácil. Acho incrível andar a pé observando a rua e não procurando desesperadamente um lugar para comprar cigarros.

Querem saber? Isso é a maior sensação de liberdade da minha vida!

Adeus escravidão! Quem manda no meu caminho sou eu!

Vamos que vamos, até a próxima pessoal!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

De presente de Natal - a maior fissura da história!



Na última madrugada eu tive um sonho daqueles que a gente acorda até meio confusa de tão real que foi. No sonho eu fumava, assim, na cara de todo mundo. Já é a segunda vez que tenho esse tipo de sonho e é bastante perturbador.

Era um único cigarro e eu ainda dizia para não brigarem comigo, pois era um único cigarro. Ainda no sonho eu entrava no blog e pedia perdão por ter decepcionado todo mundo, que isso não ia se repetir. Como um todo eu me sentia mal o tempo todo por ter fumado. Acordei extremamente angustiada e levei alguns minutos para perceber que se tratava apenas de um son... pesadelo!

Há exatos três dias eu tive uma "fissura-guerra". Uma que eu nunca tinha tido desde que parei de fumar e foi um dia que, de verdade, eu achei que não ia resistir e eu iria colocar tudo a perder. A sensação que eu tive foi exatamente o que eu sentia na época de fumante quando eu não podia fumar. Dor de cabeça, dor na bochecha, até meu dedo doía e se eu realmente não estivesse tão determinada a esse projeto, eu com certeza absoluta teria tido uma recaída ali.

Passei o dia me sentindo mal, o dia desejando um cigarro e nada parecia funcionar: nem a água, nem balas, chás, chicletes... na hora do almoço parei em frente a uma banca de jornal e olhei o cigarro avulso. Pensei bastante a respeito dele, virei as costas e fui embora.

Essa sensação péssima durou até a manhã do dia seguinte e do nada desapareceu. Foi embora a tempo do Natal chegar e a partir de então tudo ocorreu tranquilamente como tem sido ultimamente.
Irônico, não? Eu aqui toda fortona falando que as fissuras sumiram quando pá, vem um verdadeiro tsunami me aterrorizar e mostrar que não, eu ainda não estou tão livre leve e solta quanto eu imagino. Que sirva de alerta para mim, eu ainda preciso ter cautela.

Agora eu garanto para vocês que nesse exato momento enquanto eu digito está tudo sob controle e trabalharei arduamente para assim continuar. Eu já cheguei tão longe, não quero colocar tudo a perder bem agora... eu não vou deixar o pior acontecer. Eu posso viver sem o cigarro, eu acredito!

Vamos que vamos, força Carol!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Feliz Natal!



Natal está aí, batendo na porta.
Será o meu primeiro sem fumar depois de muito tempo!
Parei para pensar a respeito e a última vez que passei essa data assim eu era menor de idade, que loucura!

Desejos especiais desse blog para as festinhas e encontros natalinos dos próximos dias:
Para a turma de ex-fumantes: muita força, não caiam em tentação, não deixem uma única data estragar todo o esforço sobrenatural que tivemos até agora! Força! Boraaa!!!
Para os não fumantes: deixem os tabagistas em paz! Não tentem convencê-los a parar, não façam isso. Já deixei bem claro por aqui que não é com esse discurso e nem desse jeito que vocês vão convencer ninguém.
Para os fumantes: aproveitem por mim, eu não posso nunca mais.. haha...e se um dia quiserem parar, estou por aqui! =)

Por fim, o clássico, mas verdadeiro: Feliz Natal a todos, com muita paz, união e felicidades!
Vamos que vamos pessoal! Ho ho ho!

Semana que vem tem mais, muito mais! (A São Silvestre vem aí! Preparados? Eu não! Rá!)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Um fantasma que me acompanha

Eis um tema que está em minha pauta do blog há tempos, mas é um assunto sempre a se evitar a conversar e a pensar. O fantasma das doenças que me acompanha constantemente.

Acredito que não sou a única no universo dos tabagistas que tem esse receio, trata-se de um pensamento que de tempos em tempos me atormentava e ainda que eu tenha parado de fumar ele continua a me visitar. Nos 14 anos de tabagismo eu tive que tirar uma chapa do pulmão em 03 momentos e garanto que em todos eles eu suei frio enquanto não saia o resultado.

A primeira vez foi quando eu era bem nova, precisava tirar um visto e na documentação incluía enviar uma chapa do pulmão para comprovar que eu não tinha tuberculose. Na época eu era menor de idade e meu maior medo era minha mãe descobrir, através daquele exame, que eu comprovadamente era uma fumante mirim.

A segunda vez foi há alguns anos em uma tentativa da minha médica de me assustar e me fazer parar de fumar. Ela me deu a guia e eu não fiz o exame. Ela ligou tanto e me infernizou tanto que lá fui eu fazer. No resultado não deu nada, mas eu admito que tremi na hora de abrir o envelope.

A terceira e última foi nesse ano mesmo. Fui no ortopedista verificar uma dor no pescoço e ele pediu a radiografia, pois desconfiava que se tratava de uma escoliose. Se meu marido não estivesse comigo na consulta eu admito que teria fugido e nunca mais aparecido na frente daquele médico. Enfim, não foi possível e lá fui eu de novo. O resultado apontou uma baita de uma coluna torta e o diagnóstico certeiro de escoliose. Nada mais.

Verdade seja dita, em todo o meu tempo de fumante qualquer alteração em exame, sensação de mal estar ou mudança no corpo eu sempre associava ao cigarro. Eu sempre soube de todas as doenças que cada tragada poderia trazer para mim - já disse, todo fumante sabe - mas era sempre um assunto para se pensar mais pra frente, porque me atormentava demais pensar naquilo. Além de tudo eu já tenho o histórico de câncer na família. Da minha mãe. No pulmão. Por causa do cigarro.

Existe um consenso dos fumantes em que todos sabem o que pode acontecer, mas é um assunto a se evitar. De vez em quando entre os tabagistas aparecia uma história de alguém que ficou doente, que teve algum problema de saúde e o assunto termina por aí. No máximo pode acontecer um "Putz, preciso parar de fumar", mas o silêncio e olhar entre nós já diz tudo.

Toda essa história para dizer que agora que eu parei eu ainda estou inquieta com essa questão de saúde. Tenho o alívio de pensar que até o momento eu estou saudável, ou acredito estar, e que consegui parar com o vício antes de ter alguma complicação. Por outro lado eu tenho a consciência de que eu apenas parei, mas carrego comigo essa bagagem suja e pesada, nem tudo está resolvido e o que posso fazer daqui pra frente é torcer para que seja apenas algo a se ficar no passado e que não me atormente no futuro.

Eu precisava falar sobre isso, era um desabafo necessário. Ufa!

Vamos que vamos, até a próxima pessoal!

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Beber sem fumar - quase 4 meses depois de parar de fumar

Quem acompanha esse blog sabe o quanto eu sofri nas primeiras vezes que eu bebi cerveja sem o cigarro. Uma sensação de vazio, uma tristeza e a impressão de que minha amada cervejinha ou vinho perderam toda a graça para sempre. 

Eu fiquei realmente inconformada e por muitas vezes me questionei se eu não poderia abrir uma única exceção e me permitir o cigarro nos momentos etílicos. Também em outras vezes pensei se não era melhor eu deixar de consumir bebidas alcoólicas para sempre, já que aquilo sem o cigarro era tão esquisito. 

E a vida continuou.

Por mais que eu deteste admitir, por mais que nem eu acredite que isso é possível e deixando para trás o meu orgulho de não dar o braço a torcer, sou obrigada a fazer aqui uma declaração pública. Eu nunca achei que um dia eu falaria isso, mas hoje, quase 04 (quatro) meses depois de parar de fumar eu admito: é possível tomar uma cervejinha sem o cigarro, é gostoso e não dá mais a sensação de "falta alguma coisa para acompanhar".

Eu fiquei surpresa! Eu estava me prendendo tanto na ideia de que aquilo era ruim, estava errado, era uma tortura, bla, bla, bla, e quando eu me dei conta eu vi que era totalmente possível, eu fazia aquilo e de certa forma achava bom que eu não estava fumando. Especialmente nos dias pós pé na jaca eu agradeço demais a mim mesma pelo fim do tabagismo.

Já falei aqui da ressaca dos que não fumam, certo? Ela é maravilhosa perto das dores de cabeça e na bochecha na minha época de fumante.

Ainda assim eu admito: a receitinha cigarro e bebida é boa demais (sou orgulhosa, avisei, dou o braço a torcer pero no mucho), mas beber sem fumar também é gostoso, é totalmente possível e não é mais nenhuma tortura. É um prazer igual, mas diferente - se assim posso dizer.

Eu fico feliz, pois nessa história toda isso era um dos meus pontos fracos e tenho agora mais um problema resolvido!

Ex-fumantes e fumantes que pretendem parar que me acompanham por aqui: existe bar sem o cigarro! Confiem em mim! E olha que eu sou uma esponjinha etílica!

Viva!

Vamos que vamos, força Carol! Rumo ao bar! Rá!

Saúde!



segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Nota rápida - tão corrida quanto esse mês!

Dezembro é tão controverso! Ao mesmo tempo que ele me é muito agradável, pois traz consigo meu aniversário, o Natal e o verão, é também uma época em que parece que tudo precisa ser resolvido e feito urgentemente. Em outras palavras: minha vida vira uma correria sem fim!

Por essas e outras o blog está meio parado, peço desculpas, mas eu sigo aqui firme e forte na luta!
Minha relação com o cigarro está bem mais distante, difícil eu lembrar dele e nas poucas ocasiões que ele me vem à cabeça são nas horas que eu só consigo pensar "como é bom não depender mais dele".

Eu me sinto feliz e percebo que estou já bem adaptada à nova rotina sem a fumaça. Ontem um amigo me perguntou se eu olhando as pessoas fumando não sentia vontade nenhuma. Eu fui bem franca: não sinto vontade e não quero mais fumar. Eu não vou porque eu não quero, que fique claro isso! Ele me respondeu "então você realmente é uma ex-fumante, no sentido, não vai ter recaída nunca mais".

Assim espero!

Vamos que vamos! Até a próxima pessoal!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Sobre recaídas e ex-fumantes

Nos últimos tempos andei pensando em como eu ficaria e como eu reagiria se eu resolvesse desistir de tudo e voltar a fumar. Vou deixar claro aqui que essa não é uma possibilidade, mas comecei a pensar a respeito para entender e driblar as poucas fissuras que me aparecem. O questionamento foi bem direto: "Ok Carol, está liberado, pode voltar a fumar. Feliz agora?"a minha resposta seria, sem sobra de dúvidas, "Não".

Pela minha vida foram diversas as vezes que eu encontrava algum tabagista que se queixava do fato de estar fumando, geralmente isso vinha de alguém que tinha sofrido uma recaída. Eram sempre meio dramáticos, estavam sempre  frustrados com a situação em uma relação clara de amor e ódio com o cigarro.

Eles de certa forma me assustavam, pois levavam ao meu imaginário a tortura que deveria ser parar de fumar e, mais ainda, a certeza de que eu teria uma recaída. Eu também não entendia como alguém que tinha voltado a fumar poderia estar tão triste. Aliviar o vício, largar a tortura da abstinência, aquilo deveria ser bom.

Hoje, na minha atual situação, depois de pela primeira vez ter parado de fumar eu entendo esses  fumantes descritos aí em cima. Como eu falei, se eu voltasse a fumar não seria feliz, nem um pouco. Mais ainda, depois de passar por tudo que eu passei eu me sentiria muito fracassada, arrasada e com certeza entraria nessa relação de amor e ódio absoluto com o cigarro. Recaídas devem ser altamente frustrantes. Atualmente é um dos maiores medos que eu tenho.

Acredito que depois que eu parei eu nunca mais nessa vida vou conseguir fumar com a serenidade e blasé de outrora. Não que eu queira, que fique claro isso, mas é esse o tipo de pensamento que eu tenho quando a fissura vem.

Se eu serei infeliz, não fumarei sossegada e, além de tudo, hoje sinto os benefícios de não fumar, por que raios eu voltaria? Eu me agarro nisso e sigo em frente. Hoje as fissuras são bem poucas, mas eu ainda preciso de algo para me agarrar nesses momentos de tentação.

É isso aí, vamos que vamos.
Até a próxima pessoal!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Bafofô!

No meio dessa aventura eu descobri algo que sequer passou pela minha cabeça que poderia acontecer: a presença do bafofô!

Bafofô? Vocês me perguntam. Sim! O famoso mau hálito, apelidado como bafo e carinhosamente agora denominado bafofô! Convenhamos, se desde o título eu tivesse deixado claro sobre o que o post seria a respeito ninguém ia ler até o fim, ou ainda pior, talvez nem clicar para ver do que se tratava. Eu não leria, admito, mas com o bafofô tudo fica diferente, mais simpático e curioso!

Verdade seja dita, em todos esses anos de fumante vira e mexe eu topava com alguém com o famoso bafinho durante uma boa prosa. Eu sempre me questionava porquê a criatura exalava tal odor pela boca e eu não. Claro que eu não, hoje percebo que da minha boca saia um único cheiro: de cinzeiro!

Pois bem, vida de ex-fumante continua e outro dia em uma conversa senti algo e pensei: "Não... dessa pessoa não.". Não mesmo, o cheiro vinha de mim. Meu primeiro bafo(fô)! Gente! Pode parecer idiota, mas foi nesse momento que toda a questão de higiene bucal fez sentido para mim.

Na minha era de fumaça eu cuidava da boca para não perder os dentes mesmo, mas nunca me preocupei tanto com o hálito, afinal de contas eu não tinha muita opção. Hoje eu entendo melhor a questão do bafo - ter uma boca que não fede cigarro o tempo todo me fez perceber outras possibilidades, sendo que nem todas podem ser... digamos... agradáveis!

Mais uma vez na listinha do "coisas a se ganhar ao parar de fumar" eu faço uma descoberta inusitada. Besta, mas inusitada! Como eu sempre digo, é vida que segue, com descobertas bafônicas (Rá!).

Vamos que vamos, direto pro Listerine!
Até a próxima pessoal!


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Aniversário (e o dia em que meu pai soube que eu parei de fumar!)

Pra mim hoje é ano novo! Meu aniversário! Viva!!!!!!

É pique, é pique, é pique é pique é pique!!

Quantas comemorações nas últimas semanas, não é mesmo? 03 meses sem fumar, 100 dias sem fumar, recorde na corrida, aniversário... são tempos felizes esses, quanta alegria!

Nos meus aniversários eu nunca faço comemoração. Me animo no primeiro instante, depois desanimo e quando está em cima da hora eu me animo de novo - mas aí eu lembro que faço aniversário em dezembro, todo mundo está com mil coisas para fazer nessa época e percebo o porquê eu não quis fazer nada no primeiro momento: é impossível achar uma data. Com isso em mente, esse ano tive várias pequenas comemorações, nenhuma grande aglomeração, mas todas muito especiais e com muito amor envolvido.

Ontem foi a comemoração com o meu pai. Tradicionalmente sempre saímos para jantar nos nossos aniversários, ontem por se tratar de um domingo foi feito um almoço. Tudo muito gostoso, clima fraternal e na hora que eu estava me despedindo para ir embora lá foi o meu marido e pá: contou para o meu pai que eu tinha parado de fumar.

Na minha vida eu vi meu pai chorar em 03 ocasiões: quando minha mãe morreu, quando eu casei e ontem, quando ele soube da notícia. Ele chorou copiosamente e eu desmoronei no abraço dele. De verdade? Eu merecia mesmo é uma bronca por ter fumado todo esse tempo! Eu sei que merecia e até por isso não quis contar para ele que parei, porque eu não deveria nem ter começado e já que comecei já deveria ter parado faz tempo. Só que pai é pai, né? Perdoa sempre. Não basta não me dar a bronca, ainda me agradeceu por ter parado. Eu além de chorar fiquei paralisada por alguns momentos. Foi realmente muito emocionante o dia de ontem!

A partir de hoje inicio uma nova primavera, será meu primeiro ano de idade na vida adulta sem fumar e vai ser maravilhoso! Recebi abraços sábado, ontem e hoje e a melhor parte é poder abraçar e ser abraçada ao receber os cumprimentos sem medo do cheiro do cigarro estar muito forte. Sem medo de ser feliz!

Agora com licença que vou lá comemorar, assoprar as velinhas e desejar que essa minha força de vontade não vá embora nunca! Vou aproveitar e mudar meu perfil do blog também.

32 anos. Paulistana e Sagitariana!

Até a próxima pessoal!

sábado, 10 de dezembro de 2016

Desafio da balança - boletim especial

Passando rapidamente para dizer que resolvi me pesar hoje. Eu não costumo me pesar, vocês sabem, mas eu senti que algo poderia estar diferente então lá fui eu. Resultado: estou abaixo do peso que eu tinha quando parei de fumar! 0,4kg mas estou e isso é muito empolgante! Por isso resolvi fazer esse boletim especial aqui no blog!

Eu sinceramente tinha tanto medo do meu metabolismo entrar em parafuso eterno e eu engordar sem limites. Eis que três meses e pouco depois de parar de fumar eu não só organizei meu metabolismo, como consegui até perder peso! E digo mais: sem dobrar a quantidade de atividade física e sem nenhuma dieta maluca. Emagreci, simples assim! Encontrei meu ponto de equilíbrio nesse mundo sem fumaça!

Esse déficit veio na hora certa, pois hoje inicio as festividades de final de ano e a comilança sem fim. Venha 0,4kg que eu vou lhe usar!

Iuhuuuuuuu!!! Até a próxima pessoal!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

O fim de outros hábitos

Tenho notado que o parar de fumar me trouxe um outro benefício que não costuma aparecer na listinha de "coisas a ganhar ao parar de fumar". Eu me distanciei cada vez mais de redes sociais e joguinhos online que só me faziam perder tempo e não me agregavam nada.

Quando eu ia fumar, sozinha em algum canto, para não fica sem fazer nada eu sempre acabava entrando em alguma rede social. Em casa nos finais de semana, como eu tinha mais tempo, eu entrava em joguinhos do tipo Candy Crush, FarmHeroes e derivados e passava horas e horas distraída com isso.

Não vejo problema nenhum em entrar no Facebook, Instagram ou em jogar algumas partidas do joguinho, mas percebi que agora que eu não fumo eu não tenho mais muita paciência para ficar fuçando nisso. Especialmente no caso dos jogos, eu nunca mais entrei desde que parei a fumar e não sinto a menor vontade. Inclusive deletei do meu celular!

Eu gosto de participar das redes sociais, não me vejo deletando nenhum aplicativo nem nada do gênero, mas percebi que como agora eu tenho menos para me dedicar a isso e no pouco tempo que eu fico online eu tento fazer algo mais útil por ali: mandar uma mensagem de aniversário, verificar alguma notícia ou programação e paro mais ou menos por aí.

Também percebi que eu tenho interagido muito mais pela fanpage do blog do que na minha própria página pessoal. Acredito que é por se tratar de um assunto que me interessa. Na minha timeline infelizmente hoje em dia só vejo dicussão, stress e briga de egos.

No fundo redes sociais e joguinhos são outras maneiras de vício. Sem química, claro, mas viciam sim. No meu caso eles eram uma extensão do ato de fumar e hoje me sinto mais controlada e até menos prisioneira deles também!

É realmente o fim da escravidão, o começo de uma verdadeira liberdade física e psicológica.

Parar de fumar só me trouxe alegrias!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

O terceiro dígito!

Hoje completo 100 dias sem fumar. É festa!!!!! Vamos lá, no ritmo!!!


Dancinha comemorativa, façam vocês também! Iuhuu!!
Esse processo de ex-tabagista teve momentos bem marcantes. Quando consegui a primeira semana e o primeiro mês foi emocionante, eu realmente me sentia como se tivesse acabado de ganhar um prêmio (bom, de certa forma eu ganhei). Daí passei a fazer as festinhas mensais comemorativas, mas eu estava esperando ansiosamente pela minha estreia no terceiro dígito! Eis que ela chegou: 100 dias sem fumar, aqui estamos!

Eu fico me colocando pequenas metas para alcançar, pois quando paro e penso que esse processo é para sempre me dá um calafrio e uma pequena vontade de fumar, com uma voz que diz "Vixi! Pra sempre. Duvido que você vai conseguir.", então eu fico tentando alcançar prazos mais curtos para esse para sempre não ficar tão assustador.

Outro dia me falaram uma frase que achei sensacional e acredito que ela vai muito de acordo com a data de hoje. Comentaram que o interessante de parar de fumar é que quebramos um recorde todos os dias. No meu caso é bem verdade! Minha primeira tentativa e já cheguei tão longe! Recorde atrás de recorde! Para uma pessoa que nunca tinha passado sequer um dia inteiro sem fumar nos últimos 14 anos, é uma conquista monstruosa!

A partir de hoje viverei na casa dos três dígitos por aproximadamente dois anos e meio, ou seja, viverei uma longa temporada no mundo das centenas! Sinto como se estivesse entrando em uma nova era, atravessando um túnel com pessoas gritando o meu nome, flores sendo lançadas, gritos e danças. Ai gente, desculpa, é muita empolgação!

Seja bem vindo querido 100 dias sem fumar! Sinta-se em casa, não se acanhe e acima de tudo: não vá embora meu querido!

Vamos que vamos, força Carol centenária! Yeah!!

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

O olfato apurado!

Dia desses entrei no elevador do meu prédio e assim que a porta fechou eu comentei com meu marido: "Tinha um fumante aqui dentro". Em outra ocasião eu entrei no hall do meu andar, onde há outras 03 portas dos vizinhos e pensei "Algum vizinho começou a fumar ou teve uma visita fumante". Uma moça veio pedir uma informação para mim no mercado e assim que ela começou a falar eu deduzi "Essa é tabagista".

Eu fico impressionada como o meu olfato, especialmente para o cigarro, ficou apurado. Eu sei que eu já vim com esse papo aqui em outras vezes, mas de verdade, eu fico impressionada com o quanto ele está apurado!

Nenhum fumante passa despercebido por mim, esteja ele perto, longe ou ausente do lugar. Não sei se o problema é comigo, com o fato de eu ser ex-fumante ou os dois ao mesmo tempo, mas chega a ser assustador como eu consigo identificar o cheiro mesmo em lugares onde ninguém percebeu nada.

Dizem que não adianta a pessoa fumar escondido, pois pelo cheiro dá para perceber se a pessoa fumou ou não. Eu não sei se essa regra é válida para todos os casos, mas se todos os ex-fumantes desenvolveram o mesmo olfato apurado que eu, o famoso ditado seria "não adianta fumar escondido de um ex-tabagista, ele vai perceber o cheiro mesmo depois que você tiver tomado banho". Ok, essa última parte foi um pouco de exagero, mas que não dá para esconder não dá! Pelo menos não de mim!

Por falar nisso tudo, quem acompanha o blog desde o início lembra que o cheiro do meu carro me incomodava muito. Pois bem, algumas lavagens depois e o cheiro mudou para azedume com toques de aspirador de pó (o aspirador deixa um cheiro no ar sim senhores). Melhorou, admito, mas ainda assim me incomodava. Um belo dia fui na concessionária e na hora do orçamento chorei desconto, chorei, chorei, chorei e além do desconto consegui uma higienização do ar condicionado de cortesia!

Eu dei risada e disse para o atendente "melhor coisa que eu poderia ter ganhado, eu parei de fumar e acho que só isso para resolver o meu problema com o cheiro do carro". Rá, foi o presente da concessionária por eu ter parado de fumar, quem diria. Depois disso o cheiro praticamente sumiu, aparecendo esporadicamente em dias de muito calor - o que não tem acontecido com muita frequência, diga-se de passagem.

Enfim, vida que segue, agora fui promovida para a expert dos odores!

Vamos que vamos, até a próxima!

domingo, 4 de dezembro de 2016

Quit Now Runners

Domingo é dia de.... corrida!

A prova de hoje foi a Olga Kos, edição de dezembro nas imediações do Parque do Ibirapuera!

Não bati nenhum recorde pessoal, não fiz nenhum trajeto novo, mas tive uma grande novidade hoje: conheci pessoalmente dois ex-fumantes do grupo de corrida que montamos no WhatsApp - mas que originalmente nos "conhecemos" no chat do Quit Now! Livia e Ivan, ainda que tenha sido um encontro rápido, fiquei muito feliz em conhecê-los pessoalmente!

Divertido! Converso com tanto ex-fumante pela web e quando nos vemos ao vivo dá até aquela sensação: "é de verdade Carol, tudo isso está acontecendo"! Viva!

Sim, eu parei de fumar,  eu continuo correndo, eu recuperei o meu peso, conheci gente nova.... vida que segue, cada vez melhor!

Até a próxima pessoal! Vamos que vamos!

Vida que segue, cada vez melhor! 

sábado, 3 de dezembro de 2016

Desafio da balança - 3 meses depois

Terceiro mês do desafio da balança, preparados?

Para quem está chegando agora e não está entendendo bulhufas, deixa eu explicar. Logo que eu parei de fumar eu lembrei daquela máxima que dizem por aí "parar de fumar engorda" e, após pesquisas no Dr. Google, nada de fato me dizia se isso era só uma lenda ou se de fato parar de fumar engorda. Daí então eu me comprometi a me pesar mensalmente para verificar se houve mudanças (se quiser ler o post na íntegra, segue o link).

Bom, recordar é viver então vamos voltar para onde paramos no último mês. Eu estava 0,9kg acima do meu peso original de quando eu parei de fumar, certo? Apesar de tudo, isso era um bom sinal, pois eu já havia perdido alguns quilinhos que ganhei desde que parei de fumar.

Nesses últimos 30 dias que se passaram a minha abstinência já estava bem mais controlada, as fissuras poucas vezes me visitaram e, com isso, achei muito mais fácil me concentrar nas minhas atividades rotineiras. Por outro lado, tive praticamente 01 churrasco por final de semana - ou programa tão engordativo quanto. Murphy, always a pleasure.

De qualquer forma, continuei minha academia com a mesma frequência que eu fazia, corridas e tudo mais que eu sempre fiz. Não me pesei em nenhum dia nesse período, preferi também continuar a fazer o que sempre fiz e sempre funcionou, além de não me deixar ansiosa.

Quando fui me pesar foi bem tenso, viu? Mas fazer o que, tomei coragem e fui.
Preparados?
Que rufem os tambores!!
E o resultado é:

Eu recuperei o meu peso inicial! Que alegria!
Repetindo.
EU VOLTEI AO MESMO PESO QUE EU TINHA QUANDO PAREI DE FUMAR!



Gente. Inacreditável! Juro que subi duas vezes para a balança para conferir se não era loucura minha. Aí fui lá na fita métrica e, claro, as medidas voltaram certinho! Viva!!!
Que alívio. Que sensação boa! Que alegria!!!

Eu continuo defendendo para quem quer parar de fumar que inicialmente se preocupe com o parar de fumar propriamente dito. Eu tive certa ansiedade e comi bastante doce no começo, eu admito, e não foi lá uma mega surpresa eu ganhar alguns quilinhos. Peder peso é chato, tarefa complicada de certa forma, mas deixe para se dedicar a isso depois que o parar de fumar já está mais controlado. E olha, nem todo mundo engorda não, viu? Alguns mantém a forma física e já vi casos de quem perdeu peso. Cada caso é um caso!

Eu manterei todos vocês alertas caso ocorra alguma mega modificação quanto a isso nos próximos meses, mas tenho certeza que se eu engordar ou emagrecer não poderei mais vincular isso ao tabagismo. Cá entre nós, uma confissão: ainda bem que meu peso voltou a tempo para as festas de fim de ano. Seria extremamente cruel me pesar dia 04 de janeiro depois do desastre da comilança nas ceias e confraternizações!

Alegria, alegria!!

Vamos que vamos, força Carol - agora no peso certo!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

3 meses sem fumar!

De repente: 03 meses sem fumar!



Que alegria, inacreditável! A frase que eu ainda acho que melhor define a minha situação é: faz tão pouco tempo, mas já tanto tempo! São tantas mudanças a cada mês que fica até difícil escrever quando chega essa data.

Se eu pudesse fazer um comparativo, ainda que esdrúxulo, seria mais ou menos assim. Imagine que você está preso em um buraco escuro, sem luz, e começa a buscar saída. Assim foi o meu primeiro mês. Muitas dúvidas, muito medo, muita novidade e, acima de tudo, muita dificuldade. A vontade de vencer era enorme, mas os desafios também.

Finalmente encontrei a saída e com ela o ar puro e a luz do sol, assim começou o segundo mês. Percebi que sair daquela situação não era o único problema. Como me acostumar com a claridade, os sons e o ar puro, se há tanto tempo eu estive fechada naquele lugar? O segundo mês foi de adaptação total.

O terceiro mês foi aquele em que eu já me sentia muito acostumada com muitas coisas, mas ainda assim caminhando com cautela, experimentando novas situações, tirando de letra outras, mas cada vez mais decidida a continuar e seguir em frente.

De novo eu olho pra trás e vejo que o pior já passou. O segundo mês achei mais fácil que o primeiro, agora no terceiro considerei extremamente mais tranquilo que os outros dois e tenho certeza que daqui a alguns meses vou ler tudo isso e pensar "Sabe de nada inocente". Mas um dia de cada vez, de passo em passo eu chegarei à liberdade verdadeira e definitiva. Eu acredito!

De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde, passados os três meses meu corpo já recuperou 100% a condição física. Ufa. É bom ter alguma novidade em relação à saúde!

As fissuras também mudaram nesses últimos tempos. Atualmente são bem raros os momentos em que elas aparecem e quando vem é tão mais tranquilo. Vem aquela lembrança do cigarro, da sensação que ele dava e tudo mais, mas logo minha cabeça se preocupa com outra coisa e a fissura vai embora.
Eu me sinto muito bem, cada dia melhor para ser mais exata e cada vez mais feliz de ter tomado essa decisão!

Esse post foi ao ar com dois dias de atraso em respeito à tragédia que tivemos dia 29 em Medellin. Para prestar uma homenagem final, em respeito à todas as vítimas, familiares, amigos e a todos que sentiram muito pela terrível tragédia, encerro o post comemorativo sem música, vamos juntos fazer um minuto de silêncio.

Vamos que vamos, até a próxima pessoal.
Força Carol. #ForçaChape 💚

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Excepcionalmente, não haverá post comemorativo hoje.

Dada a triste tragédia dessa manhã com o time de Chapecó na Colômbia o post comemorativo dos três meses sem fumar não vai ao ar hoje. Não me vejo comemorando nada, mas sim repensando a vida e sua fragilidade absoluta.
Que Deus conforte o coração dos familiares e amigos das vítimas nesse momento tão difícil.
#ForçaChape



segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Trilha sonora



No meu último dia como fumante havia uma música que não saia da minha cabeça e, para mim, ela seria a trilha sonora perfeita e oficial da minha vida dali em diante. Enquanto eu dava os últimos tragos da minha vida a minha mente só conseguia repetir sem parar: "Eu sei que vou te amar, por toda a minha vida vou te amar..." e com a continuação "... seu sei que vou sofrer... por toda a minha vida".

Gente, que bizarro! E eu tinha certeza que eu viveria exatamente conforme a letra dessa canção. Nada contra a música, claro, mas de onde é que raios eu tirei que para sempre eu vou sofrer, desesperadamente eu sei que vou sofrer? Af!

Bom, eu digo "Af" agora, porque eu realmente passei os primeiros dias repetindo esses versos sem parar e até umas lágrimas escorriam de vez em quando para deixar a situação mais bizarra.

Conforme eu fui percebendo que minha nova situação não era o fim do mundo a trilha sonora mudou. Dessa vez era a Gloria Gaynor que invadia meus pensamentos e eu só conseguia pensar em "I will survive!". Juro! Bom, pelo menos mudamos de uma faixa musical altamente deprê para algo mais dançante e animado. Em alguns momentos eu intercalava a música com o mantra do meu professor de bike que sempre grita para nós na aula: "Não me diga não, não me diga não!".

Enfim, quando a abstinência batia forte era "Oh no, not I, I will survive" e se o negócio apertava mais ainda eu pensava "Eu vou conseguir, 'não me diga não, não me diga nãããão'". Vergonha da minha pessoa, eu admito.

Graças a Deus esse transtorno musical em minha mente chegou ao fim. Bom, pelo menos por enquanto ele se estabilizou. De qualquer forma eu gosto de colocar trilhas musicais em determinados momentos da minha vida. No 1º mês sem fumar tivemos "Celebrate good times, come on!". Quando eu fiz 02 meses sem fumar tivemos Macarena ("Baila tu cuerpo alegria Macarena") e Feeling Good da Nina Simone.

Pois bem, amanhã é dia 29 e isso lembra alguma coisa? Três meses sem fumar! Vai ter festa e vai ter música! Agora cada vez mais animada!

Vamos que vamos, terceiro mês, estou chegando. Não me diga não, não me diga não! =)

Até a próxima pessoal!


sábado, 26 de novembro de 2016

Documentário - Fumando Espero Outros

Passada rápida por aqui, apesar de ser sábado o dia está super corrido! Vim dar a dica de um documentário muito legal sobre o tabagismo.

Eu assisti esse documentário quando eu estava na segunda semana sem fumar e lembro de ter adorado! Esses dias assisti de novo e continuei com a mesma opinião: um trabalho bem rico que trata o tabagismo como um todo: a indústria do tabaco, o parar de fumar, o não querer parar de fumar, o vício, etc.

Vale muito a pena assistir, eu pelo menos adorei e indico para fumantes e não fumantes! Eu só dispensaria a primeira cena, já vou logo avisando, mas não se preocupem, apesar dela ser impressionante o restante do documentário não tem cenas tão fortes como essa.

O documentário chama "Fumando Espero Outros", só digitar no YouTube que vocês encontram, ou se preferirem vou deixar o link aqui e na fanpage do Facebook!

Espero que gostem da dica! Aproveitem que hoje é sábado, dá para fazer uma sessão cinema!

Vamos que vamos, até a próxima pessoal!

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Um e-mail para a Carol do futuro!

Outro dia eu enviei um e-mail para mim mesma! "Pronto, ficou louca de vez" alguns pensaram né? Calma, não foi uma mensagem qualquer, foi um e-mail que eu só vou receber daqui a 5 anos (agora sim, podem trazer a camisa de força!).

Uma amiga minha comentou no aniversário dela que ela recebeu de presente uma mensagem dela mesma escrita no ano anterior. Eu adoro esse tipo de coisa e fui saber mais a respeito. Ela disse que foi através de um site e funciona mais ou menos assim: você escreve a mensagem, programa quando quer receber e envia. Ela fez o teste de um ano para o outro e o e-mail chegou, então programou mais mensagens para ela mesma no futuro.

Logo quando eu soube da novidade me animei para fazer o mesmo, mas como eu tinha parado de fumar fazia pouco tempo, eu estava sem cabeça para colocar o projeto em ação. Fiquei com receio de escrever alguma coisa que fizesse eu ter muito medo de mim mesma ao ler, vai saber. Eu já tenho um pé a mais no drama e exagero, recém livre do tabaco o negócio ia virar um dramão.

Agora que estou mais controlada - eu acho - sentei lá e escrevi minha mensagem. Foquei no processo do cigarro mesmo, o que está acontecendo, desejos de que "espero que quando você ler isso você não tenha voltado a fumar", entre outras coisas.

Bom, por enquanto não podemos fazer nada além de esperar (05 anos!) para saber o que eu achei da mensagem. Coisa de louco! Se alguém se interessar por essa ideia bizarra o site que eu usei foi o www.futureMe.org.

E vamos todos agradecer a Julie pela dica do e-mail para o futuro! Obrigada Ju!
Vamos que vamos, até a próxima pessoal - e que a próxima não seja só daqui a 5 anos, rá!

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Pequenos registros

Existem pequenos registros e acompanhamentos que eu gostaria de ter feito nesse processo de parar de fumar, mas não fiz. São detalhes que parecem meio bobos, mas que seria legal ter feito.

Começando por esse blog! A ideia de relatar o meu processo de fim do tabagismo surgiu na minha cabeça no último segundo - para ser mais exata 2 dias antes da data marcada para parar de fumar - com isso o blog ficou pronto na véspera! Eu queria poder ter registrado os meus pensamentos, angústias e receios algumas semanas antes de parar. Claro que por tudo ainda ser muito recente eu consigo me recordar de muita coisa, mas ia ser interessante ter registrado a expectativa para compará-la, hoje, com a realidade.

Eu gostaria de ter tirado fotos minhas para documentar as mudanças, acima de tudo na pele e no cabelo. A melhoria é gritante! A Michelle, uma colega ex-fumante, comentou no nosso grupo do Whatsapp outro dia: "Rejuvenesci uns 3 anos em 60 dias" e a sensação é essa mesma!

A ideia de me pesar e acompanhar as alterações de peso apareceu meio que sem querer, mas foi bom que eu tenha pensado nisso - muito embora eu continue defendendo que o ex-fumante tem que se preocupar mais em controlar o vício do que o peso, ao menos inicialmente. Eu também gostaria de ter feito uma avaliação física, daquelas de academia, para medir percentual de gordura no corpo, porcentagem de líquido, etc. Acho que seria um acompanhamento mais completo, melhor do que ficar me pesando e me medindo com a fita.

Já falei dele várias vezes aqui, mas se eu soubesse do QuitNow antes também teria ajudado. Primeiro para pegar várias dicas que o pessoal compartilha lá no chat, mas também para acompanhar os gráficos de melhoria. Quando eu descobri o app eu já tinha parado de fumar fazia alguns dias, mas foi o tempo suficiente para atingir 100% em vários itens de saúde. Eu queria ter visto "nossa, minha pressão arterial voltou ao normal", ou então, "Adios! A nicotina toda saiu!".

Como eu disse, são detalhes meio bobos, mas que eu gostaria de ter feito, até porque são esses pequenos acontecimentos que motivam o processo parar de fumar. Enfim, como agora não posso mais voltar atrás, fica de dica caso alguém que esteja lendo isso resolva parar de fumar. Ah, se fizer os registos da pele por favor compartilhe comigo!

Até a próxima pessoal! Vamos que vamos, sem foto e sem controle, mas bora lá!

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Murphy, always a pleasure!

Até o último final de semana eu estava com a mão direita imobilizada por conta de uma tendinite. Eu não quis escrever a respeito disso aqui no blog, pois não é um problema relacionado ao fim do tabagismo e nem nada, então não vi muito sentido em falar a respeito. Agora imaginem: por três semanas eu estive postando aqui com uma mão a menos! Viram só, eu também tenho as minhas habilidades secretas!

Acontece que no último final de semana resolvi dar o grito de independência, removi a tala e voltei a ter as duas mãos em total funcionamento, uma maravilha que só! Fiz o meu grande retorno ao blog, dez dedos digitando, eita coisa incrível, tudo muito dinâmico e produtivo. Vocês podem reparar, inclusive, que o último post tem o dobro dos outros, uma belezura só! Aí vem o grande balde de água fria: veio o meu trabalho, olhou friamente para mim e disse "Não!", raptou o pouco tempo livre que eu tinha e deixou o blog... no vácuo. Murphy, always a pleasure! 

Acontece que no meio de todo esse tumulto e confusão eu esqueci de uma coisa fundamental: o cigarro! Em todo esse tempo eu estava preocupada com o blog, chateada com a correria, pensando em milhares de coisas menos no fedorento. Quando me dei conta disso fiquei tão feliz!

Além de fazer alguns dias que não tenho fissura, pela primeira vez eu esqueci completamente do cigarro. Isso pra mim é uma grande novidade! Nesse pequeno intervalo de tempo, entre 29 de agosto e 23 de novembro, pela primeira vez parece que meu corpo teve um ato falho e esqueceu que ele foi um dia uma chaminé ambulante. Alegria, alegria!

Tenho várias coisas para contar, mas vim aqui brevemente dar um oi e uma explicação pelo meu sumiço. Amanhã vou ao ortopedista, provavelmente receber a alta médica e oficial da minha mão, então teremos muito tempo e muitos dedos para eu contar as últimas novidades. Me aguardem!
Vamos que vamos! Até a próxima pessoal!

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Como comecei a fumar

Eu falo tanto de parar de fumar, mas acredito que já é hora de compartilhar por aqui como foi que eu comecei. Na realidade não foi algo que ocorreu da noite para o dia, foi um processo que aconteceu aos poucos, ao longo de algum tempo. Vou tentar fazer aqui um resumão express, porque a história com todos os detalhes daria um livro.

Desde cedo o cigarro esteve presente na minha vida, pois minha mãe era fumante, então conviver com o tabaco era algo que de certa forma eu sempre estive acostumada. Ainda que a maioria das vezes minha mãe fosse super discreta, evitava fumar na nossa frente e tudo mais, eu sabia que ela fumava, de vez em quando via ela fumando e aquilo me causava curiosidade. Eu me recordo de bem pequena tocar no maço de cigarros ou no cinzeiro e ela me repreender, dizendo que eu não deveria mexer com aquilo, que era sujo. Se era sujo, horrível e tudo mais, por que ela fazia aquilo? Além do mais eu achava bonito vê-la com o cigarro - provavelmente um resquício da propaganda de tabaco que era permitida nos anos 80 e que mostrava mulheres e homens lindos e elegantes com o cigarro na mão. Ainda na infância eu me recordo de pegar incensos, acendê-los e levá-los à boca fingindo que era meu cigarro.

Avançando um pouco os anos, vamos para a minha adolescência. Eu estava morrendo de curiosidade a respeito do assunto e estava determinada a fumar meu primeiro cigarro. Eu fui atrás dele e adivinhem onde consegui? No maço de cigarros da minha mãe! Uma noite fui escondida lá onde ela deixava o dito cujo, peguei um cigarro e foi ele o primeiro que fumei na vida. Eu detestei o cheiro, o gosto, a tontura que me deu e tudo de ruim que vem junto. Lembro que depois disso fiquei com peso na consciência vários dias seguidos. Eu devia ter uns 13 anos mais ou menos nessa época.

Vamos agora adiantar para um ou dois anos mais para a frente. Eu estava na casa de uma amiga, com uns amigos dela, e adivinhem? Alguém surgiu com um maço de cigarro. O plano era ir na praça, em frente à casa onde estávamos, para fumarmos. Eu era uma das poucas na turma que já havia experimentado e, bizarramente, isso me dava um status superior. Fomos na praça e foi lá que fumei o meu segundo cigarro... o terceiro... o quarto... porque eu ia pra casa dessa minha amiga em torno de duas vezes por semana, toda semana, então íamos sempre na praça fumar.

Um tempo depois essa "grande amizade" acabou por problemas banais de adolescentes, então as minhas tardes fumacentas foram bruscamente interrompidas. Acontece que ao invés de sentir falta da amiga eu fiquei com saudades do cigarro e a partir de então eu sempre dava um jeito de arranjar um cigarro quando possível. Essa minha pequena aventura foi novamente interrompida quando fui morar fora do país.

Quando voltei do intercambio a escola estava diferente. Último ano de colégio, todos se aproximando da maior idade e, com isso o número de fumantes explodiu. Comecei de novo a filar cigarros na saída do colégio, nas festas e nos eventos. Quando menos percebi eu já estava com o meu próprio maço de cigarros. Eu não fumava todo dia, mas sempre que tinha uma oportunidade lá estava eu, seja ela na varanda da minha casa, no banheiro, na área de lazer do meu prédio... e foi aí que começou pra valer e o vício se tornou o que se tornou. Por isso que ao fazer a somatória do meu tempo de fumante eu cálculo a partir dos 17 anos.

Minha mãe dizia que morria de remorso de ter fumado na minha frente, pois ela se sentia responsável por eu ter me tornado tabagista. Eu acredito que não. Ok, vê-la fumando me dava curiosidade, o fato de ter cigarros em casa tirou o grande tabu que esse assunto poderia ser. Isso sim, até aí concordo, mas eu fui atrás do cigarro porque eu quis, talvez se minha mãe não fumasse eu iria atrás disso em algum momento, é imprevisível tudo isso. Muitos fumantes que conheci não tem nenhum tabagista na família, então como explicar?

Enfim, minha mãe morria de remorso e arrependimento e ela vivia me dizendo isso. Ela parou de fumar por minha causa, dizia que não aguentava me ver fumando sem se sentir culpada. Sabe o pior? Ela faleceu de câncer... no pulmão... por causa do cigarro!

Mas isso é assunto para outro post.

Vamos que vamos, até a próxima pessoal!

domingo, 20 de novembro de 2016

Domingo é dia de corrida (e de falar sobre sábado!)

Domingo é dia de corrida? Sim! E hoje superei o meu tempo sem muita dificuldade, 10k em 52'30 e nem eu consigo acreditar nesse resultado! Reduzi o meu tempo em 12 minutos desde que parei de fumar, além de correr cada vez mais leve, com a respiração cada vez mais limpa e cada vez mais feliz! Estou radiante de alegria!

Sei que domingo é dia de corrida, mas hoje eu gostaria de falar também sobre sábado, o temível!
Ontem pela primeira vez foi um dia como outro qualquer. Não foi o dia da tortura, o dia que eu queria que acabasse logo, o dia do pânico e fissuras contínuas. Ele voltou a ser o que sempre foi: um sábado!

Eu só me dei conta disso quando já era por volta de umas 17h00, cheguei em casa do supermercado (ê programão!) e só lembrei do cigarro porque entrei na internet e dei uma olhada na fanpage do blog.

Aí pensei "Nossa... não senti vontade de fumar até agora, que estranho" e ri sozinha. A luz no fim do túnel apareceu nesse exato momento e eu comecei a acreditar que em algum momento eu vou conseguir viver como todas as outras pessoas não fumantes e não mais como uma fissurada ambulante que briga com as vozes dentro da cabeça!

Desde então não senti mais nenhuma fissura, muito pelo contrário, pensar em fumar está me dando náuseas e eu estou achando tudo isso muito esquisito. Ótimo, mas esquisito, pois de certa forma eu já estava acostumada a sentir vontade de fumar constantemente. Vai entender.

Acredito que uma nova fase vem aí, vamos acompanhar. Vou esperar mais, no mínimo, uns 03 finais de semana para confirmar se o sábado virou apenas mais um dia da semana. Espero que sim, veremos!

Vamos que vamos, mais leve e feliz!
Até a próxima!



sábado, 19 de novembro de 2016

Refletindo!

Por muitas vezes eu pensava comigo "Nossa, menos mal que de todas as drogas eu me viciei em uma que não altera com o psicológico".







Talvez o que eu tentava explicar é que o cigarro não mexia com a minha lucidez, mas não mexer com o psicológico? Faça-me rir!

Fumar me deixava com os nervos à flor da pele e pior é que só me dei conta disso depois que parei! Já falei aqui no blog, fumar não acalma, muito pelo contrário, o cigarro me trazia angústias que só eram resolvidas com um novo cigarro e por aí vai.

O pior de tudo? Acalmar aquela angústia ao fumar trazia uma sensação tão agradável que acho que é por isso que o processo de parar de fumar é tão complicado. Poucas coisas trazem uma sensação tão agradável quanto o alívio da abstinência de nicotina e é justamente dessa sensação que eu sinto falta. Eu repito: não sinto falta do ato de fumar em si, mas sinto muita falta da sensação que eu tinha ao aliviar o vício.

É horrível gostar de uma coisa que a gente detesta, vocês nem imaginam. M-A-L-U-C-O tudo isso. E eu falando que não mexe com o psicológico!!!

Mas não se preocupem, é apenas uma reflexão, eu continuo aqui, firme e forte e sempre em busca de explicações e reflexões a respeito do tabagismo!

Post rápido, dia corrido, mas vamos que vamos!

82 dias! Viva! Que venham os 90!!

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

O último maço de cigarro!

Em praticamente todo o material que consultei para parar de fumar a recomendação é jogar no lixo cigarros, isqueiros, cinzeiros e tudo o que remete ao fumo. O leitor mais atento talvez se lembre, quem não leu o blog desde os primeiros posts talvez não saiba, mas o meu último maço de cigarro ainda existe e vive acompanhado do isqueiro em uma gaveta da minha casa!

Ontem fiz essa mesma revelação no grupo de ex-fumantes e o assunto deu pano pra manga! Daí foi uma série de depoimentos sobre o que cada um fez com o seu último maço de cigarros, algumas histórias renderam boas risadas.

Eu me diverti com o caso do Jarbas. Ele foi um dos que ficou impressionado e confuso com a minha declaração. Ele contou que em uma outra tentativa para parar de fumar, chegou o grande dia e ele jogou o maço no lixo. Dali a algum tempo ele revirou o lixo, buscou os cigarros de volta e voltou a fumar. Eu morri de rir, porque eu consigo não só imaginar mas como visualizo exatamente essa cena!

O tio dele teve um desfecho parecido, morador do interior, jogou o maço no mato e voltou pra casa. No meio da madrugada quem estava no matagal de lanterna e tudo procurando o cigarro? Por isso o Jarbas defende descartar tudo quanto é cigarro na hora de parar. Dessa vez ele conseguiu seguir em frente com o plano, mas teve que abrir a torneira e colocar os cigarros embaixo d'água, inutilizando eles um a um!

A Patrícia disse que jogou os maços no lixo e ficou esperando o lixeiro passar. Ela realmente esperou o saco de lixo entrar no caminhão para ter certeza que não teria como fazer um resgate do maço em um momento de desespero.

Eu sou da turma que não teve coragem de fazer o despacho e para minha surpresa descobri que não sou a única que guardou os cigarros! A Keleu guardou dois maços fechados! Uma outra moça comentou que tem meio maço também, além de outros casos bem parecidos. Estranho, né?

Ontem vi uma explicação interessante. Uma moça comentou que jogar fora traria a ela a ideia de proibição e aí sim ela sentiria dificuldades em parar. Pode até ser, faz bastante sentido. A própria Keleu, mencionada acima, comentou que uma vez tentou parar jogando tudo fora e não deu certo, dessa vez ela conseguiu, mas sem jogar os cigarros fora.

De certa forma quando guardei meu maço e isqueiro isso me trouxe uma tranquilidade, pois eu sabia que em caso de pânico eles estariam ali me esperando. Também me senti muito mal quando fui coloca-los na lixeira, então voltei atrás. Sei lá... só sei que mesmo com o inimigo dormindo na gaveta ao lado, eu consegui parar assim! Não sei se é muito indicado, diria que se a pessoa não tem autocontrole é melhor jogar fora para não cair em tentação.

Qualquer hora eu tomo coragem e dou um fim neles, por enquanto me sinto melhor assim, deixa eles lá!

E vamos que vamos! Até a próxima pessoal!

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

No churrasco!

Sobrevivi a mais um churrasco sem o cigarro! Como eu disse, mais um, pois não foi a primeira vez que tive esse tipo de atividade, mas por incrível que pareça ontem estava mais difícil encarar a programação sem fumar do que nos outros eventos desse tipo que tive lá no primeiro mês sem cigarro.

Havia dois ex-fumantes ontem e, como eu nunca resisto, perguntei se eles não sentem mais vontade de fumar, uma vez que eles abandonaram o vício faz alguns anos. Em um dos casos a resposta foi bem enfática: "Não". O outro já me disse que sente sim e que se pudesse ele estaria lá no canto com o pessoal que estava fumando - que era exatamente onde eu também queria estar quando fiz a pergunta.

Aí eu continuo tão perdida quanto sempre estive, sem saber se um dia a vontade vai desaparecer da minha cabeça de uma vez ou se para sempre vou viver me controlando e tentando esquecer algo que insiste em me lembrar que existe.

Eu digo que atualmente aquela voz na minha cabeça que pedia cigarro a todo momento está mais silenciosa... menos frequente... mas quando ela vem aparece com um megafone berrando na minha cabeça!

O jeito é respirar fundo, entender e seguir em frente. Resisti bravamente ontem e hoje me sinto bem por ter evitado qualquer recaída. Eu não ia saber lidar com isso!

Vamos que vamos, ao som do megafone, mas não posso parar! Força Carol!!!

domingo, 13 de novembro de 2016

A minha varanda


Domingo já é um dia de preguiça, hoje além de tudo está chovendo desde cedo e a vontade é de sentar em um sofá e ficar pensando na vida. É isso mesmo que estou fazendo há algumas horas acompanhada de um café quentinho na varanda do meu apartamento.

No celular uma mensagem me chama e começo o papo no grupo de ex-fumantes. A conversa toma um rumo e logo vemos que somos vários ex-fumantes no grupo, sentados na varanda e cada um tinha uma relação especial com esse ambiente da casa na época da fumaça.

Minha varanda é o lugar dos meus pequenos prazeres da vida: ouvir música, ler o jornal, tomar café, cuidar das plantas, verificar a pequena adega e, até dois meses e meio atrás, fumar um cigarro. Tudo em um pequeno espaço de poucos metros encravado no centro da cidade.

Eu ainda não superei 100% não poder mais fumar aqui, mas pelo visto os meus móveis, minhas plantas e, acima de tudo, meus cachorros já se adaptaram completamente no ambiente sem fumaça. Todos parecem mais felizes, isso me fortalece, pois essa nova realidade é minha também e logo ficarei bem!

No meio dessa turbulência de pensamentos eu me dei conta de uma coisa: a janela da varanda sempre ficava aberta, pelo menos uma! Eu sempre mantinha certa ventilação para o cheiro do cigarro não ficar muito forte, mas com isso eu sempre passei frio por aqui nos dias de inverno e nos dias de chuva também sempre entrava água. Poderia ser uma tempestade ou o frio de rachar, mas fechar totalmente a varanda significava manter o fedor de cigarro pra dentro da casa, então fechar o vidro estava sempre fora de cogitação.

Hoje está chovendo e pela primeira vez todas as janelas ficarão totalmente fechadas. Fedor de cigarro e água pra fora, cachorros e plantas pra dentro. Realmente, estou no começo de uma nova vida!

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

"... resolvi que eu agiria com o cigarro da mesma maneira que eu lidei com a morte..."



Quando eu decidi parar de fumar eu sabia que seria difícil, mas eu levei tanto tempo para me animar com a ideia de parar com o cigarro que dificuldade nenhuma me faria mudar de plano. Se eu tive e estou tendo dificuldades nesse percurso? Inúmeras, mas para minha surpresa esse processo tem se mostrado muito menos complicado do que eu imaginava que seria.

Eu já passei por algumas perdas significantes na minha vida e resolvi que eu agiria com o cigarro da mesma maneira que eu lidei com a morte de pessoas muito queridas. Para mim o cigarro foi um grande amigo, especial e muito companheiro, que faleceu no dia 29 de agosto e não há nada o que fazer a respeito, o mais próximo que posso chegar dele é através das lembranças. Fim.

Eu já perdi pessoas especiais e eu lembro que por bastante tempo eu me via pensando nelas, imaginando coisas como "Poxa, queria tanto poder contar para ela sobre isso, ela iria adorar", ou até frequentando lugares que foram especiais para nós. O jeito era entender a situação e seguir em frente. Com o cigarro tem sido assim, lembro de lugares que eu gostava de ir para fumar, lugares que seria bom tê-lo como companhia, mas ele está lá no quadrante dos que bateram as botas, nada poderá traze-lo de volta.

Eu uso muito essa ideia da morte no meu processo de parar de fumar e tem me ajudado bastante, mas sei que muitos podem nunca ter passado por um luto tão grande. O que fazer? Eu usei outro dia a comparação com o término de um relacionamento e percebi que pode ser levada da mesma maneira.

Imagine que o cigarro é um ex-companheiro seu, vocês tiveram um relacionamento, foram muito felizes juntos, mas um belo dia uma das partes resolveu terminar. Aí você se vê sozinha(o) e desesperada(o). Você já fez inúmeras tentativas, mas reatar a relação já foi determinado que e é impossível. Bem, o jeito é seguir em frente. É difícil? Sim. Haverá lugares que você vai lembrar da pessoa amada, situações que gostaria de compartilhar com ela, momentos que gostaria de tê-la ao seu lado, mas acabou, fim, game over.

De vez em quando eu ainda adiciono no exemplo do relacionamento que a outra parte, de quem você se separou, te batia e te maltratava, já pararam para pensar? Eu também gosto de adicionar que tem recém-separado que precisa ficar longe do celular quando bebe, se não corre o risco de ligar bêbada(o) para a outra parte. Com o cigarro é assim também, ou não é? Se não se sente forte bebendo sem fumar, evite o álcool por uns tempos.

Eu gosto dessas comparações, penso bastante nelas quando a fissura aparece e isso me ajuda bastante. É uma maneira mais clara de entender a abstinência e também de confiar no poder do tempo. Para a morte ou separação o melhor remédio é o tempo, então no meu processo sem cigarro será assim também!

Eu já disse, essa história de parar de fumar é uma coisa que só vou enfrentar uma vez, então vou ter que dar um jeito de ter sucesso nessa tentativa! Vamos que vamos! Até a próxima pessoal!

Para descontrair!


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

"...quando me dei conta que ficar sem fumar era uma tortura eu soube que se em algum momento eu fosse parar eu iria sofrer. "

Durante todos os anos como tabagista eu não sei dizer exatamente quando que eu fiquei viciada. O que lembro é que quando me dei conta que ficar sem fumar era uma tortura eu soube que se em algum momento eu fosse parar eu iria sofrer. Só que nessa história toda eu nunca tinha parado para analisar o grau de dependência química que eu já havia desenvolvido. Metade de mim não queria pensar no assunto, a outra metade deixava isso para depois e os anos foram passando.

Além do vício químico em si também é muito difícil mudar a rotina, os hábitos e costumes. Arriscaria dizer que isso é o mais complicado. Simples atividades como dirigir, acordar e passear são completamente novas para um ex-fumante, porque embora elas continuem exatamente iguais, faze-las sem o cigarro é uma experiência completamente diferente. Pelo menos pra mim tem sido assim.

Pensei em um comparativo e quem quiser faça o teste: se você escova os dentes sempre com a mesma mão, passe a fazer com a mão oposta, todos os dias e por uma semana. Escovar os dentes não será a mesma coisa. Enquanto fizer o teste pense que, além disso, poderia haver um fator químico te descontrolando e uma voz na sua cabeça falando "você não vai conseguir, isso está errado, troque de mão que é mais simples, etc". Ainda assim essa experiência estará muito longe do que é a luta contra o vício, mas você terá uma palhinha da dificuldade.

Tudo isso tem sido um enorme aprendizado para mim, eu pelo menos encaro dessa forma. Sinto como se a parte química já não fosse mais um problema. Ainda estou reaprendendo a fazer muitas atividades, afinal de contas foram anos e anos fumando, muitas experiências acompanhada do fedidão, mas eu encaro tudo com os olhos de uma curiosa aprendiz. Espero continuar animada com o que há por vir!

Vamos que vamos, rumo aso 75 dias smoke free!

terça-feira, 8 de novembro de 2016

O fumante e o aeroporto!

Esse tipo de imagem causa tanta alegria para o tabagista. Acreditem!

Eu sou uma pessoa que já viajou bastante, admito. Já estive em muitos lugares, morei em alguns outros e muito embora viajar seja uma das atividades que eu mais ame no mundo eu sempre tive um impasse: o momento do avião! Primeiro de tudo porque eu tenho medo de que ele caia, simples assim. Só que esse medo nunca sobressaiu ao problema principal: viajar de avião incluía muitas horas sem fumar!

Geralmente ao comprar uma passagem aérea eu primeiro comemorava e na sequência eu dava início a um estudo detalhado sobre quanto tempo eu ficaria sem fumar durante o percurso e como diminui-lo ao máximo. Sério! Enquanto geralmente as pessoas estudam os hotéis, restaurantes e passeios eu iniciava o roteiro pelos fumódromos. Olha que loucura!

Foram inúmeras as vezes nos aeroportos que eu embarquei com fome ou com pressa porque eu ficava até o último segundo na área de fumantes angustiada, fumando um cigarro atrás do outro, sofrendo antecipadamente pelo tempo que eu teria sem fumar.

Houve uma época em que de tanto viajar eu consegui um upgrade no meu cartão de milhas da cia aérea e passei a ter direito à sala vip dos aeroportos. Quem disse que eu ia na tal sala? Eu ficava é lá na calçada mesmo, do lado de fora do aeroporto, curtindo o meu cigarro.

Engraçado que ao entrar no avião o trajeto ia bem, eu não ficava com fissura e nenhum outro problema relacionado ao tabaco, assim como uma passageira não fumante. No entanto era só a roda do avião encostar na pista que a situação mudava e uma espécie de desespero tomava conta de mim, situação que só era resolvida de novo na calçada do aeroporto. Nos voos com conexão ou escala eu ia preparada psicologicamente para fumar só no destino final e também, estranhamente, eu conseguia me controlar em solo durante a espera - aeroportos com fumódromo dentro da área de embarque rendem um post a parte!

Minha amiga contou que uma vez o marido fez imigração durante uma conexão só para poder fumar um cigarro. O oficial da imigração perguntou "Motivo por visitar o Chile?" e a resposta foi "Só estou esperando um voo e quero fumar um cigarro", simples assim. Totalmente compreensível para os tabagistas, altamente estranho para quem não fuma.

Aeroportos rendem várias histórias, eu mesma passei por milhares de situações e sei de muitas outras mais. Aos olhos dos não fumantes um aeroporto é apenas um aeroporto, mas existe muito mais entre o embarque e o desembarque para os tabagistas do que os olhos podem ver, acreditem. Como eu digo, é uma espécie de realidade paralela!

De qualquer forma está aí uma coisa que não sentirei mais saudades, finalmente não terei que enfrentar mais tanto perrengue na próxima viagem. Não vejo a hora de descobrir mais a respeito do embarque aéreo dos que não fumam! Vai ser incrível!

Vamos que vamos, até a próxima pessoal!

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Quit Now! - App para para ex-fumantes

QuitNow!
Logo quando parei de fumar descobri que existiam Apps com a finalidade de ajudar o ex-fumante. Na época dei uma vasculhada em alguns, escrevi sobre o Quit Now e fiquei de testar alguns outros. Um tempo depois escrevi mais um pouco a respeito no post de Grupos de Apoio e hoje venho fazer um relato mais completinho sobre o App. Simbora!

Já faz um tempo que tenho entrado assiduamente no Quit Now. Comecei a frequentar o chat e aquilo começou a me fazer um bem danado! Como as pessoas se ajudam, se protegem e se encorajam nesse bate-papo, fico impressionada! Achei interessante que, embora apareçam de vez em quando convites para grupos do Facebook e Whatsapp, a maioria dos frequentadores são leais ao chat do App formando uma verdadeira comunidade virtual. Dia após dia vamos acompanhando a história um do outro, comemorando as conquistas, fazendo debates, enfim, me sinto muito acolhida lá.

Conforme fui me familiarizando com o chat percebi que os outros participantes desbloqueavam prêmios que eu não tinha no meu aplicativo e também vi que meu histórico da conversa era bem limitado. Cogitei fazer o upgrade para a versão PRO, mas depois pensei melhor e voltei atrás. Depois pensei de novo e poxa vida, o preço seria equivalente a quase dois maços de cigarro, valor que eu gastaria antes sem o menor drama. Fui lá e comprei a versão avançada do app.

Um novo mundo se abriu! Agora eu tinha várias conquistas para alcançar: dias sem fumar, quantidade de cigarros que evitei e mais índices de saúde. Pode parecer a maior besteira do mundo, mas conquistar essas medalhas no aplicativo faz um bem danado! Além disso me faz refletir muito.

Por exemplo, outro dia ganhei a medalha de 900 cigarros evitados desde que parei de fumar. NOVECENTOS. Isso sem contar que nos dias de bebedeira eu fumava bem mais (eita!), então o número real é bem maior. Que loucura! Enfim, atualmente a próxima medalha da minha lista é de 75 dias sem fumar e eu não vejo a hora dela aparecer na minha tela do aplicativo!

As funções extras que eu ganhei no chat também são bem bacanas. Agora as pessoas podem me mandar mensagem e se eu não acesar o app na hora consigo ver a mensagem depois. Na versão gratuita se você não estiver online no momento que te chamam você não consegue resgatar a mensagem quando entrar. Além disso eu consigo voltar o chat e ler as discussões de horas e horas atrás, o que é muito legal! Lembrando que toda a troca de mensagem é pública, não tem como enviar mensagem particulares (de forma privativa), o que também é ótimo, pois evita possíveis situações desagradáveis.

Por enquanto tudo vai muito bem e estou muito satisfeita de ter adquirido a versão Pro. Lembrando que vai sempre de cada um e do quanto cada pessoa gosta dessas interações tecnológicas. Eu adoro e estou feliz por lá!

E já temos até a Quit Now Runners - nossa equipe de corrida que está a todo vapor (mas sem vapor!), que ficará de assunto para um próximo post! É, a vida de ex-fumante é muito agitada!

Vamos que vamos, até a próxima pessoal! Ou até o próximo encontro no chat (quem quiser me ver lá eu sou a CarolDB)!

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

O teste da cerveja - 2 meses depois

De todas as atividades que realizei nesses últimos tempos, consumir bebida alcoólica é a única que ainda não posso dizer que é melhor sem o cigarro. Correr é melhor, saborear os alimentos é melhor, humor, cheiros, sentimentos... são tantas as melhorias, mas no quesito bebida vou ficar devendo um relato mais agradável. Não é a mesma coisa e continuo achando que nunca será.

Não tem jeito, na minha opinião bebida e cigarro caiam muito bem juntos. Eles combinavam, era bem agradável essa dupla e mesmo agora que estou sem fumar há pouco mais de dois meses a minha opinião não mudou: cerveja sem cigarro é estranho. Que fique claro, não significa que é ruim, inviável, ou que é impossível, nada disso! Continuo tomando minha cervejinha e meu vinho sem problema algum. Só é meio... manco!

Pelo menos para mim esse é o calcanhar de Aquiles disso tudo e se eu pudesse abrir uma única brecha nessa vida sem fumaça seria para isso: cigarrinhos com bebida. Poxa, seria ótimo!

Eu admito que já pensei em me policiar e me permitir fumar na hora de beber, mas aí pensei de novo e desisti dessa ideia. O projeto é uma vida 100% sem cigarro, então assim será. Além disso fiquei com medo de virar alcoólatra, pois ia querer beber toda hora só para fumar, já pensou? Projeto Parar de Fumar na Hora de Beber ou ainda Projeto Parar de Beber Para Não Fumar....Eita! Não não, deixemos tudo como está, nada de abrir exceções.

Imagino que seja por isso que quando as pessoas param de fumar são fortemente incentivadas a não beber tão cedo. Tudo isso porque não é igual e nada vai substituir essa combinação! Mas é aquela história, se só tem tu vai tu mesmo, vivendo e aprendendo a jogar, é isso aí!

Vamos que vamos, meio manco, mas não podemos parar! Até a próxima pessoal!

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

O gosto das coisas

Dizem que um dos sentidos mais afetados por quem fuma é o paladar. Quantas vezes eu não ouvi o famoso bordão de que eu não sentia o gosto das coisas direito porque eu era fumante! Com isso, logo que parei de fumar esperei ansiosamente o momento de saborear os alimentos devidamente.

Hoje, sessenta e cinco dias depois de parar de fumar (Yeah) eu posso dizer que comida tem gosto de... comida. Que frustração! Eu esperava descobrir um mundo mágico da gastronomia que estava oculto todos esses anos, mas por enquanto nada mudou.

Por outro lado nem tudo está perdido. Enquanto omeletes, risotos e carnes continuam com o mesmo gosto de sempre, eu descobri o mundo dos doces e esse sim foi A descoberta!

Como fumante eu nunca liguei muito para doces. Bolos, brigadeiros e chocolates sempre foram ignorados por mim ou trocados facilmente por qualquer outra coisa salgada. Ovos de páscoa chegaram a vencer, olha só! Alguns dias depois de parar de fumar eu descobri o quanto um doce é gostoso e que nem tudo feito de açúcar pode ser enjoativo e com o gosto igual. Pelo contrário, lembrei de quantos brigadeiros foram friamente ignorados por mim em vários aniversários e mentalmente pedi perdão para todos eles.

Está aí um dos motivos pelo qual eu engordei nas primeiras semanas.  Juntamos o gosto maravilhoso do mundo das sobremesas com uma pessoa que ficou ansiosa sem o cigarro e voilá - receita do desastre fitness! Ainda bem que hoje aprendi a me controlar, entendi que os doces não serão extintos da face da terra e, melhor do que tudo, sei que não voltarei a fumar, então os doces continuarão deliciosos e terei todo o tempo do mundo para saboreá-los. Com calma!

Ainda tenho a esperança de sentir a mesma mudança pelo menu de salgados, mas enquanto isso não acontece vou me deliciando com essa  doce descoberta!

Vamos que vamos, porque essa história de parar de fumar não para de me trazer novidades!
Até a próxima pessoal!

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Desafio da balança - 2 meses depois

Feriadão no ar e com ele chegou o dia de mais um resultado do desafio da balança! Todos prontos? Eu não. Rá!

Para quem está chegando agora e não está entendendo bulhufas, deixa eu explicar. Logo que eu parei de fumar eu lembrei daquela máxima que dizem por aí "parar de fumar engorda" e, após pesquisas no Dr. Google, nada de fato me dizia se isso era só uma lenda ou se de fato parar de fumar engorda. Daí então eu me comprometi a me pesar 1 mês depois para verificar se houve mudanças (se quiser ler o post na íntegra, segue o link). Agora, dois meses depois, fiquei de mostrar o resultado da balança de novo. Aqui estamos!

No último mês quando me pesei vi que estava 1,5kg mais pesada do que quando parei de fumar e com um aumento de 2cm em todas as minhas medidas. Foi aí onde paramos, certo?

Depois disso comecei a me pesar todo dia para acompanhar o que estava acontecendo e percebi que o ponteiro da balança não parava de subir. Mais umas gordurinhas aqui, aumento de medidas ali e, sem brincadeiras, por volta de 05 semanas após parar de fumar eu atingi a marca de 3kg a mais! No dia que me pesei e vi esse resultado eu fiquei muito preocupada.



Sei que esculhambei logo quando parei de fumar, mas nesses últimos tempos eu já  estava mais controlada. Eu sempre me alimentei muito bem, um cardápio repleto de legumes, verduras, proteinas magras, zero frituras e tudo mais o que a boa nutrição recomenda. Eu faço a prática frequente de exercício físico, incluindo atividades de alta queima calórica. O que mais eu poderia fazer? Não era justo o que estava acontecendo. Decidi então voltar a fazer o que sempre fiz: parar de me pesar! (Achou que eu ia falar "voltar a fumar", né? Humf)

Ainda inquieta com essa situação, prestei atenção e reparei em dois pequenos detalhes: eu estava consumindo muito mais açúcar do que habitualmente (balas, chocolates, chicletes e outras besteirinhas) e eu estava retendo líquido (quando a gente coloca uma meia nos pés e depois que tira fica com a marca do elástico por mais de 1 hora, algo está estranho).  Observei bem e vejo que eu não estava necessariamente engordando: eu estava inchada!

Cortei os doces indevidos e substituí todas as balas pela versão zero açúcar. Coloquei na minha dieta chás diuréticos e também fiz algumas sessões de drenagem linfática. Quanto às atividades físicas, eu até tentei no começo ir um dia a mais na academia, mas atrapalhou muito a minha agenda, não deu certo. O que fiz foi me diciplinar nos três dias de exercício - já que no primeiro mês sem fumar alguns compromissos me fizeram faltar várias vezes na academia.

Com esses pequenos ajustes comecei a me sentir muito melhor, pelo menos na parte psicológica o efeito foi muito bom. Eu estava confiante! Continuei sem pisar na balança, mas algum tempo depois arrisquei um pequeno teste na fita métrica, só de curiosidade. Estava dando efeito! Viva! Não quis me pesar, aquilo poderia me incentivar ou fazer eu jogar tudo pra cima e ficar muito triste. Segui firme na dieta balanceada, balas sem açúcar, chás, exercícios e todo o combo.

Agora chega de blá blá blá e vamos ao resultado?



Hoje, 65 dias depois de parar de fumar o resultado da balança aponta que:
- estou 0,9kg acima do meu peso original;
- minha medida de cintura bate com a inicial e a de quadril está 0,3cm acima do que quando comecei!

Ufa! Menos mal!

O copo está meio cheio ou meio vazio? Posso falar que cheguei a engordar 3kg e já perdi 2,1kg ou que estou 0,9kg acima do meu peso original! Outra coisa importante: o ponteiro da balança não vai disparar ao infinito e além. Pelo menos ele parou e já está diminuindo. Nem tudo está perdido! Moral da história: parei de engordar (viva!) e já estou recuperando o meu peso (viva! viva!).

Lembrando que isso é uma avaliação bem rasa, eu não estou medindo aumento de massa magra, quantidade de líquido no corpo e outros dados muito mais relevantes. Balança e fita métrica são dois parâmetros mais populares só para matarmos a curiosidade nesse blog.

Embora eu preferia trazer boas notícias desde o primeiro mês que me pesei, eu tenho uma conclusão a respeito de tudo isso que eu gostaria de compartilhar. Parar de fumar é uma das coisas mais difíceis que eu já fiz na vida. É muito complicado, exige uma força de vontade gigante, muitos desafios, equilíbrio emocional e uma série de outras coisas com as quais eu tive que me preocupar. Lógico que eu não queria ter engordado nada, mas o meu objetivo inicial não era focar na balança e ainda que eu estivesse preocupada eu vejo que eu não teria força suficiente para me policiar nas duas coisas. Hoje estou apenas administrando a secessão do meu tabagismo, então fica muito menos difícil eu me concentrar também na perda de peso. Um passo de cada vez, ou como diria o outro, "Calma, é aos poucos que a vida vai dando certo!".  Eu acredito!

Um pequeno adendo para as mulheres: celulite e gordura localizada mudam MUITO sem o cigarro. Para melhor! Prometo um post a respeito, mas acreditem: celulite zero mesmo no meio dessa confusão! Aeeeeeeeeee!!!

Agora em dezembro farei uma última pesagem, vamos ver o que vai acontecer! Mais importante de tudo: estou feliz e confiante!

Vamos que vamos, força Carol - agora de volta com cinturinha hahaha