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terça-feira, 19 de junho de 2018

Primeira viagem da ex-fumante sozinha!

Em maio tive que fazer as malas e partir em viagem por uns dias. Já viajei sozinha muitas vezes. MUITAS VEZES. Portanto, nenhuma novidade com o fato de não ter companhia. Só que essa foi minha primeira como ex-fumante.

Faz 1 ano e 10 meses que abandonei o vício (Yeah!) e posso falar com certa segurança que estou muito adaptada à minha nova condição. Falei isso aqui já várias vezes, acredito que ficou bem claro (e repetitivo!). Também já viajei algumas vezes como ex-fumante e passou a euforia dos "primeiros-tudo" (primeiro voo sem fumar, primeiro hotel, primeiro desembarque sem cigarro, etc, etc). Essa foi a vez da primeira viagem modo solo.

Viajar a primeira vez como ex-fumante me fez enxergar a minha situação com um outro olhar. Eu realmente senti que eu estava verdadeiramente só. Porque todo o tempo, no passado, eu sempre estava acompanhada. Do cigarro! Quem foi fumante sabe bem o quanto ele nos dá a sensação de companhia, não é mesmo?

Logo que cheguei no destino, na primeira noite, percebi que uma vez tendo feito tudo que era para fazer no dia, antigamente eu passaria o restante do tempo fumando. Há tempos o assunto do cigarro não me vinha na cabeça como foi nesse dia. Não foi nada assustador, nada disso, apenas curioso.

Dessa vez eu vivi a experiência de estar na minha própria companhia e nada mais. Não a toa eu digo que parar de fumar é um dos experimentos mais intensos de autoconhecimento. 

Nessa viagem, como não havia mais pequenos momentos ociosos para ficar fumando, notei o quanto eu aproveitei ao máximo cada segundo. As minhas horas vagas não foram ocupadas por fumaça, mas sim por uma atividade atrás da outra e, o melhor, foco total no que eu estava fazendo. Porque a minha versão fumante passava sim, uns 50% do tempo fazendo a atividade e o restante dele localizando fumódromos ou pensando nesse assunto. O próprio fato do meu apartamento ser não fumante com certeza ia dar um stress na viagem. 

Admito que por alguns instantes eu temi a respeito dessa experiência, antes de embarcar eu ficava imaginando como eu reagiria longe de todos, completamente sozinha. Se eu fumasse ninguém ia ficar sabendo, não é mesmo? Mas o desafio aqui não é com terceiros... é comigo mesma e eu não fumei porque eu não quis. Simples e incrível assim.

Fumar não faz mais parte de mim. Que alegria! Mais um capítulo vencido nessa batalha pessoal!

Adeus cigarro!

sábado, 21 de abril de 2018

600 dias!

Então o aplicativo do celular apita e informa: Parabéns, 600 dias sem fumar!



Olhei para aquilo com um ar um pouco assustada, um tanto feliz e paralisada sem saber exatamente o que fazer com essa informação. Passado o choque, vem a alegria e emoção. Seiscentos dias... caramba... eu consegui mesmo

Foi um longo caminho, uma dificílima batalha e mesmo depois de todo esse tempo eu ainda tenho bem firme dentro de mim que para sempre terei que tomar cuidado com esse assunto. Qualquer deslize, qualquer trago inocente para fazer um teste (se é que isso existe!), qualquer bobagem ou excesso de confiança poderá despertar um vício adormecido dentro de mim e eu não quero saber qual vai ser a reação dele e minha se ele acordar. Deixa ele lá quieto e eu sigo aqui minha nova vida feliz!

Com o passar de todo esse tempo também mudou muito a minha forma a olhar a minha antiga relação com o vício. Como ele me enganava, me dominava... se eu já achava assustador na época, hoje olho e fico apavorada em pensar o quanto o cigarro me manipulava. Não me culpo, não tenho raiva, nada disso... vamos levar tudo como um grande aprendizado. Melhor assim.

Fico também admirada por ter resistido a toda e qualquer recaída. Falei por aqui outras vezes, sou dura na queda, usei minha teimosia e orgulho a meu favor. Usei e abusei do "Não é não, doa o que doer". Sou dura demais comigo e por mais que em diversas vezes isso seja ruim, no objetivo de parar de fumar isso teve um resultado positivo.

Devo ter falado aqui outras vezes, mas não custa repetir: que bom que eu tomei essa decisão! Que bom que insisti nisso! É uma vida completamente nova, cheia de descobertas e repleta de saúde, claro!

Boa sorte a todos que estão na batalha, sigam firmes! Aos que estão tomando coragem, encarem o medo e o desafio, vai valer muito a pena! Torço por todos, sempre!

Agora vou lá comemorar meus 600 dias, yeah! 😎

Até a próxima pessoal, vamos que vamos!

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Esquecendo que fui fumante um dia...



Dia desses me dei conta de que eu tenho esquecido de como era ser fumante. Que loucura!

Natural que com o passar do tempo a nossa memória faça um processo seletivo natural de "coisas importantes vs coisas inúteis" e faça uma limpeza no nosso HD interno. Só que o cigarro era algo tão presente e, achava eu, tão importante na minha vida que é um susto perceber que meu passado fumante está sendo deletado da minha memória assim tão rápido.

Eu quase não lembro de como era a minha vida com o cigarro e para um susto maior ainda: eu muitas vezes esqueço que fui fumante um dia!

Claro, tem o blog, as redes sociais do blog, o assunto também é muitas vezes presente na minha roda de amigos e tudo mais, mas o que digo é que no dia-a-dia, na minha boa e velha rotina, o cigarro e tudo que me remetia a ele não vem mais me perturbar.

Por muito tempo eu observava as coisas e fazia muito o comparativo da minha versão tabagista vs versão 2016 smoke free. De repente tudo isso foi embora. Puft, sumiu!

Até mesmo no carro... ah, que verdadeiro perrengue foi o desafio de dirigir sem fumar. Passado o baque veio o desespero de sentir o cheiro do cigarro lá dentro por meses e meses e meses. Escrevi tanto sobre isso aqui no blog. Um belo dia também, puft, desapareceram o cheiro e as lembranças!

Eu gostava tanto de fumar, era um imenso prazer dividir o meu tempo com o cigarro e eu nunca, nunca, nunca pensei que um dia ele não estaria mais presente nos meus pensamentos. Imaginei que viveria uma espécie de saudosismo velado ou algo do tipo. Por isso que toda essa nova situação para mim é uma grata surpresa. O fantasma do vício não vem mais me visitar há bastante tempo, a ponto de me fazer esquecer que ele existiu um dia!

É... eu parei de fumar e as conquistas se superam cada vez mais! Se antes eu dizia "não acredito que estou conseguindo" hoje essa frase tem se transformado em um espantoso "Não acredito que fui tabagista um dia.". Pasmem!

Feliz dia que eu tomei a decisão que mudaria tanto a minha vida. Que bom que eu insisti, que bom que eu segurei firme e acreditei que poderia vencer esse monstro do vício. Viva a vida! Sobretudo, VIVA A VIDA SEM FUMAÇA!

E vamos em frente!

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Adeus ao último maço!

Olá lá ele! Adeuuss!

Um ano, quatro meses e quinze dias. Foi esse o intervalo de tempo entre o dia em que parei de fumar e o dia em que joguei fora o último maço de cigarros. Eu-sou-estranha!

Não é nenhuma novidade no blog, já falei diversas vezes que sou da espécie estranha que manteve o inimigo bem próximo durante todo esse tempo. Sim, recomenda-se jogar fora tudo que remete ao cigarro, inclusive ele mesmo, mas eu não consegui fazer isso logo de cara. 

Ao longo do tempo e através de muita conversa com os ex-fumantes, percebi que não sou a única, não fui a primeira e certamente não serei a última a guardar o cigarro mesmo quando não deveria. Também descobrimos nessas conversas algo em comum conosco na hora de jogar o último maço no lixo: insegurança! 

Eu era da fumante que tinha verdadeiro pânico em ficar sem cigarro. Eu sempre, sempre, sempre tinha cigarros extras em uma boa margem de segurança para ter certeza que não me faltaria fumo em nenhum momento. Por isso a ideia de jogar o maço fora e ficar totalmente desabastecida me pareceu bastante assustadora. Terrivelmente aterrorizante!

Além disso, admito que bateu o medo de não conseguir ficar sem fumar, da abstinência ser mais forte do que eu e qualquer outra situação desesperadora em que só um cigarro me salvaria. Seria mais fácil se ele estivesse lá! Já falei por aqui, em todos os anos como tabagista eu nunca tinha ficado um dia sequer sem fumar... era tudo muito novo e assustador para mim, então resolvi arriscar e guarda-lo dentro de casa.

No fundo essa bizarrice me ajudou, pois me deu mais segurança - mesmo sabendo o enorme risco que eu corria com o cigarro a tão fácil alcance. Cada louco na sua bizarrice, a minha foi essa!

Há exatos 15 dias eu mudei de casa e enquanto empacotava a minha mudança olhei para o maço de cigarros lá parado há mais de um ano. Cogitei leva-lo comigo, mas parecia tão sem sentido. Enquanto pensava no que fazer o conselho chegou via Instagram "Não leve a energia disso pra sua nova casa!". Empurrãozinho final dado, adeus cigarro! Fiz até um videozinho comemorativo! 

13 de janeiro de 2017, o dia em que me libertei de vez! Freedom!

Até a próxima pessoal! EU PAREI DE FUMAR, YEAAH!!




quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

500 dias!

Hoje acordei com uma notícia muito feliz que o QuitNow! me deu: estou 500 dias sem fumar!



Incrível! As vezes nem eu acredito que consegui parar de fumar. Parecia tão impossível e tão sofrido... e aqui estou! Mais surreal de tudo: parei de primeira!

Estou muito feliz por ter chegado até aqui. Sei que tem mais, muito mais por vir, oh yeah, mas vamos curtir um dia de cada vez e comemorar toda e cada conquista!

Feliz 500 dias para mim!

Adeus cigarro, Olá Vida! É festa!!! 

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Feliz ano novo!



2017 foi o primeiro ano, em muito, mas muito tempo mesmo,  que passei os 365 dias inteirinhos sem fumar. A última vez que atingi essa marca eu deveria ter uns 14 anos... ou seja, além de quase duas décadas sem esse feito, foi a primeira vez na vida adulta que fiz isso! Vejam só, novos recordes!

Chegará o dia em que eu olharei tudo isso por um outro ângulo, aquele do "nossa, que bizarro, eu fui fumante um dia!", vamos acompanhar.

Tenho recebido muita mensagem do pessoal que iniciou a resolução de ano novo e parou de fumar na virada, ou então decidiram que 2018 é o ano decisivo e estão naquele momento de tomar coragem para o grande dia.

Fico feliz quando leio os comentários e os relatos. Estou alguns meses na frente, mas acredito que nunca vou esquecer como foi esse processo para mim, por isso me emociono quando leio os relatos alheios. Sei como o começo é difícil, lembro direitinho os receios, angústias e toda a confusão interna que o parar de fumar pode causar. Desejo a todos vocês força! Aguentem firme! Resistam! Acreditem em mim, esse início horroroso vai passar e as recompensas da vida sem fumo são tantas e tão gostosas de se sentir!

Já disse inúmeras vezes que eu não sou e nem pretendo me tornar a ex-fumante chata que tenta convencer o mundo a parar de fumar, mas por outro lado fico tão feliz quando vejo alguém tomar essa decisão. A vida muda para muito melhor sem o cigarro e por isso comemoro! Eu gosto de ver a felicidade alheia, por mais síndrome de Pollyana que isso possa ser.

Sejam bem vindos ao mundo dos cheirosos, força nessa luta pessoal!

Um feliz 2018 para os atuais e futuros ex-fumantes e para os nunca fumantes também, que sei que acompanham esse blog!

Vamos que vamos! Até a próxima pessoal!



terça-feira, 21 de novembro de 2017

Prova de fogo, digo, de água!

Que saudades de passar por aqui, como é bom voltar a escrever no blog!

A parte pseudo cômica ser ex-dependente-de-qualquer-coisa é que na primeira sumida a sensação que dá é que a pessoa teve uma recaída. Fiquem tranquilos! Continuo bem, firme e forte e com milhares de coisas acontecendo ao mesmo tempo, ou seja, no meu normal.

Do último post para cá muitas águas rolaram, inclusive literalmente. Passei por uma espécie de prova final da minha paciência e, porque não, do cigarro também. Foi aquela prova do tipo "se o mundo desabar tenho certeza que não é isso que vai me fazer voltar a fumar". Vai sentindo o drama!

Chega de enrolação e vamos direto ao assunto. No último dia em que eu escrevia um post para esse blog, no exato momento em que eu digitava e diagramava e sonhava com as férias que estavam por vir, águas rolavam por andares e andares do prédio onde será minha futura residência.

Sim, enquanto eu separava as roupas para minha viagem e comemorava as tão sonhadas férias, um cano jorrava água dentro do apartamento que passei o ano inteiro reformando. Sabe como descobrimos que o cano estourou? Porque o vazamento atingiu a casa do vizinho. Não... não o vizinho debaixo... o vizinho debaixo do debaixo, porque o vizinho entre nós dois estava viajando e, consequentemente, não pode nos alertar do vazamento.

Ou seja, águas rolaram dois andares do prédio por dias e dias inundando totalmente a minha reforma, bem como o apartamento do casal abaixo de mim e toda a marcenaria e parte dos móveis deles.

Sabe desenho animado, quando abrem a porta e sai por ela água, peixe, aquário, guarda-chuva e toda uma cachoeira de coisas junto? Foi mais ou menos assim.

Gente... sério... foi muito trágico!

Desnecessário dizer que eu  fiquei sem reação quando a notícia chegou até mim. Depois vieram as reações e, dramática que sou, foi algo bem trágico cruzar comigo nos dias que seguiram a notícia do tsunami da casa da Carol.

Eu tenho uma amiga sempre e disse: "Carol, se tem uma coisa que não falta na sua vida é emoção. Tédio é algo que você não vai conhecer" e essa profecia me acompanha sempre. 

Toda essa história para provar que mesmo se algo trágico, bem horroroso, acontecer com um ex-fumante, isso não significa que ele vai recair. Não. A última coisa que eu precisava nessa confusão toda era de um cigarro, então acredito que passei por uma prova final que me testou ao limite!

Como eu disse logo no comecinho desse post, novidades é o que não faltam nesse intervalo em que fiquei sem passar por aqui, mas estava precisando desabafar essa história do tsunami em algum lugar e aqui estou. O trágico dia em que eu entrei pelo cano, oh céus! Alguém tem boas dicas de reconciliação com os vizinhos para me passar? 

Até a próxima pessoal!