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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Parar de fumar acalma? Eita!

Eu acreditei por muito tempo que fumar acalmava as pessoas, e que inclusive me deixava mais tranquila! Muitos cigarros foram acesos em busca de relaxamento e alívio do stress. Desde que me tornei ex-fumante percebi algo que eu nunca havia imaginado: tudo isso é mentira, o processo é ao contrário!
O cigarro alivia o stress? Sim. Ele acalma? Sim. Relaxa? Sim. Agora acima de tudo e que eu só percebi depois que parei: ele causa todos esses sintomas e aí o fumante precisa fumar par aliviar! Por mais estranho que possa parecer!
Um dos maiores medos que eu tinha quando pensava em parar de fumar era de ficar nervosa para sempre ou de desenvolver uma ansiedade extrema sem o cigarro. Desde que parei percebi que fiquei muito mais calma e tranquila, inclusive em momentos mais tensos. Achei estranho, pois pela minha lógica deveria ser justamente o contrário.
Eis que comecei a pensar mais sobre o assunto. Questionei outros ex-fumantes, para ter certeza que não era só eu que me sentia mais calma, e então cheguei a essa conclusão de que é o cigarro que nos estressa, nos irrita e nos dá ansiedade.
Olha só como funciona: Fumar relaxa e acalma. Ok. Dali a pouco você começa a ficar irritado, pela abstinência, e então precisa de outro cigarro. A nicotina e toda a química começa a sair do corpo, então você fica nervoso de novo e fuma e nesse ciclo vai. Na minha fase final chegou a ser pior: eu ficava nervosa e fumava, aí ficava brava comigo por ter fumado, mas já o tinha feito, dali a pouco o corpo pedia outro cigarro, eu não queria, mas precisava para ficar menos irritada, fumava, ficava frustrada... que loucura!
Hoje eu me sinto mais calma, muito mais tranquila e relaxada. Eu tenho certeza absoluta que é uma consequência de estar livre do cigarro. Vou pesquisar a respeito, deve ter algum estudo que comprove isso, pois certamente não sou a primeira e nem serei a última a ter essa sensação e a tirar esse tipo de conclusão.
Mais uma conquista e mais uma descoberta! Até agora só benefícios nesse processo todo!
Abraços zen para todos vocês!

Eu após abandonar o tabagismo

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

A descoberta do chá!


Recentemente descobri que beber chá me ajuda bastante nesse processo de parar de fumar!
Tenho ingerido bastante líquido desde o primeiro dia sem o cigarro e foi uma da principais recomendações que vi por aí. Acontece que ficar bebendo água o tempo todo estava me cansando. Daí eu parti para o café, mas comecei a revezar entre água e café e no final dos dias eu estava elétrica. Ainda que eu AME café, não dava para ficar bebendo o tempo todo não. (Uma notinha de rodapé aqui: dizem que o café é um chamariz para o cigarro. Que os dois juntos era delicioso era mesmo, mas eu tolero super bem ficar só com o café.)
Eis que um belo dia eu descobri os prazeres do chá! Eu já gostava de chá, mas tinha o hábito de consumi-lo a noite antes de dormir. Agora incluí ele na minha rotina diurna também e tem me feito muito bem! Chás de camomila, hortelã, capim santo, chá preto, de saquinho, da própria planta, uau, é um universo a parte!  Desde o teste da balança incluí as versões de chá verde, branco e de hibisco. Só não vale apelar e partir para o lírio e Santo Daime. UEPA!
Deu vontade de fumar? Chá de camomila para acalmar. A vontade continua? Bora tomar mais um golinho! Está preocupada que fumar engorda? Chá verde. Está sem preocupação e sem vontades? Um chazinho cai bem mesmo assim. Aos poucos vou me aventurando em um universo muito gostoso e bem mais saudável que ingerir fumaça, alcatrão, nicotina e todas as outras substâncias.
Olha, estou ficando muito zen, é até assustador! Parar de fumar já me acalmou demais da conta, agora eu invento de tomar chá o dia inteiro... qualquer hora vocês vão me encontrar meditando no meio da Av. Paulista e não vale dar risada!
Como eu sempre digo: mais uma descoberta e mais um aprendizado nesse meu renascimento!
Vamos que vamos, até a próxima!

domingo, 23 de outubro de 2016

Domingo é dia de... corrida - Parte 2


Domingo é dia de... CORRIDA - Parte 2 (porque a parte 1 está aqui)!

Lá fui eu fazer a minha segunda prova desde que parei de fumar. A primeira foi bem no comecinho do processo eu precisava dela para me incentivar. A de hoje foi 55 dias depois de ter parado com o cigarro e ela veio com um objetivo: diminuir o meu tempo!

Eu sei que não posso exigir muito de mim, afinal de contas eu não quero recuperar anos e anos de fumaça em pouco mais de 1 mês, mas todo mundo tem uma meta quando faz uma prova e a minha de hoje era baixar o tempo. Ponto final.

Continuo achando a diferença brutal entre correr como fumante e como ex-fumante. Nossa! É até difícil explicar, mas se eu pudesse fazer um comparativo seria: imaginem aqueles plásticos de cozinha de pvc para guardar alimentos, sabe? O que parecia é que tinha um desses embrulhando meu coração e meu pulmão quando eu corria. Eu sentia que os dois poderiam expandir mais, tinham mais potencial, mas era como se o plástico estivesse segurando eles. Impressionante como eu conseguia correr daquele jeito e que perigo!

Desde que parei com o cigarro tem sido cada vez mais prazeroso praticar esse e todo exercício físico! O aplicativo dos ex-fumantes diz que eu só tenho 61% da minha condição física melhorada e que ainda levarei 35 dias para tê-la 100% recuperada. Fico feliz em saber que o melhor ainda está por vir, vamos acompanhar.

Agora a pergunta que não cala: como foi a corrida hoje?

Corri super bem, bastante disposta e pela primeira vez senti que os meus limites foram impostos mais pela falta de perna do que falta de fôlego. De maneira geral me senti bem, não tenho mais o plástico de PVC me apertando, muito melhor correr assim.

Sobre o tempo? Atingi o meu objetivo? SIM! Diminui 6 minutos do tempo normal! Fiz os 10k em menos de 60 minutos, como era meu objetivo. Para maior alegria, bem mais abaixo do que eu imaginava: 10km em 56min40seg. VIVA!!!!!!

Vamos que vamos, hoje mais feliz do que nunca!

Feliz 55 dias e feliz 56 minutos para mim!



sábado, 22 de outubro de 2016

Sabadão!

Mais um sábado... o temível!
Com o passar do tempo esse dia da semana está se tornando apenas mais um dia na semana. Simples assim, ufa! De qualquer forma é um dia em que meu autocontrole tem que estar mais apurado e minha cabeça mais ocupada. Sei que não posso reclamar, os primeiros sábados me faziam chorar, então o pior já passou!
Também fico pensando em como teria sido difícil se eu estivesse na época de sair aos sábados. Barzinhos, baladas, festas... seja o que fosse, seria muito mais difícil. Admiro quem consegue parar assim! Aliás, sorte também que a lei antifumo existe nos dias de hoje. Na época dos bares cheios de fumaça parar de fumar deveria ser um desafio e tanto. Hoje é só evitar o fumódromo, ou a calçada!
Hoje não tem bar nem festa, com dois cachorros em casa, sendo um filhote, o agito vai ser aqui mesmo. Bom sábado a todos!
Vamos que vamos, força Carol!


sexta-feira, 21 de outubro de 2016

O curioso caso da luva de látex!

Mais um dia, mais uma descoberta e ontem foi dia de refletir a respeito da nicotina. Foram imagens chocantes, escuta essa!
Lá estava eu na manicure/pedicure enquanto aqui em São Paulo os termômetros marcavam 34 graus! Estávamos lá naquele calorão, quando ela comentou comigo que eu ainda estava no lucro, pois não estava usando luvas de látex. Na sequência eu escuto um "Além da mão suar horrores aqui nessa luva, olha que engraçado. Dá até para ver que mão eu usei para fumar!".
Epa!
Ela virou as palmas das  mãos para mim e, realmente, uma das luvas estava amarela. Amarela mesmo, cor de caneta marca-texto, sabe? A mancha fazia o formato dos dedos certinho. Eu admito que fiquei impressionada! Questionei se ela tinha certeza absoluta que aquilo era do cigarro e ela confirmou, ainda enfatizou que isso sempre acontece quando ela coloca as luvas brancas depois de fumar. Depois disso fiquei muda um tempão.
Que a nicotina é uma praga e faz muito mal para o fumante eu sempre soube, que ela amarelava os dedos e os dentes também não era novidade, mas essa situação da luva, ainda mais nesse meu momento sem tabaco, me deixou bem pensativa.
Uma vez, por exemplo, eu fiquei um período com o dedo indicador e a unha amarelos, das duas mãos. Foi em um período mais pesado meu como fumante e foi justamente quando vi meus dedos daquela cor que dei uma controlada no cigarro. Demorou um tempão para sair. A diferença aqui é que levei bastante tempo para conseguir essa proeza dos dedos amarelos, no caso de ontem, a luva amarelou em questão de minutos. Meu Deus! E olha que minha manicure fuma um cigarro tecnicamente mais fraco.
No meu momento pensativo também lembrei das toalhas brancas da minha casa. Eu tive a sorte e o conforto do mundo de não precisar lavar as minhas roupas enquanto morava com os meus pais (maravilha)! Desde que casei a mordomia acabou e passei a ficar mais íntima da lavanderia. Desde então que percebi que as toalhas de banho da minha casa vinham sujas para lavar. Mais especificamente, a minha toalha de banho estava sempre meio encardida, a do meu marido não. No jogo de banho branquinho então a minha toalha chegava a ficar marrom. Eu nunca entendi o motivo, até me achava encardida demais para ser verdade! Enfim, dada a cena da luva de ontem, assim que cheguei em casa fui correndo ver tanto as toalhas do banheiro quanto as que estavam para lavar. Pasmem: todas da mesma cor. O encardido sumiu! Cara! Era a nicotina!
Fumantes por aqui, se quiserem arriscar façam o teste da luva e da toalha para ver. Chocante! Nada que a gente não saiba da nicotina e tudo mais, mas quando a gente vê é um pouco impressionante.
Para terminar, vamos dar um final feliz para esse post, chega de drama. Saí de lá com as unhas da mãos e dos pés pintadas de branquinho. Para mulheres fumantes essa cor não é muito utilizada, pois o esmalte da mão fica amarelo rapidinho. Agora não mais, viva o esmalte branco! Mais uma conquista!
E vamos que vamos! Força Carol!

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Fedidão

Comecei a rir sozinha em um canto da sala. Com os olhos curiosos e um sorriso de canto de boca o meu marido me questionou: "O que é que foi agora?".
Lá estava eu com o iPad na mão gargalhando. Expliquei para ele que nesses vários grupos de apoio ao tabagista que andei me aventurando descobri que muitos ex-tabagistas se referem ao cigarro como "O Fedido".

- E aí galera, todos longe do fedido hoje? - disse um
- Vamos lá, juntos vamos vencer o fedido - exclamou o outro entusiasmado
- Eu não troco nada pelo fedidão de volta - comemorou o terceiro.

Achei engraçado e faz total sentido. A cada dia que passa o cheiro do cigarro é cada vez mais forte para mim e, como o apelido diz, cada vez mais fedido - e mais uma vez caí na gargalhada.
Quando eu digo que o universo dos ex-tabagistas é um mundo a parte não é brincadeira não!

Bora lá, 52 dias sem o fedido e vamos que vamos!




quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Sobre fissuras

Nos últimos dias fui muito questionada a respeito da vontade de fumar nesse tempo que parei com o cigarro.
Como eu disse bem no comecinho desse blog, os primeiros dias eram desesperadores! Eu não sei explicar direito se o problema era a vontade de fumar, controlar a cabeça por não poder fumar, não saber fazer as coisas do dia-a-dia sem fumar... enfim, tudo muito novo e muito complicado. As fissuras vinham a cada duas ou três horas, mais ou menos, e a vontade era de sentar e chorar - algumas vezes inclusive eu fiz isso.
Passado esse comecinho temos as primeiras semanas, que também não foram fáceis, mas muito menos insanas do que os primeiros dias. As fissuras não eram tão frequentes, mas quando vinham eram mais fortes. Minha amiga me ensinou que essa sensação durava 04 minutos (ela cronometrou. Obrigada Jajá!) e que o desafio era controlar a cabeça nesses minutos. Realmente, funcionou muito bem, sobrevivi a elas! .
Passadas essas duas ou três semanas iniciais eu percebi que é muito mais questão de administrar a abstinência. Não posso mentir, a vontade de fumar vem me visitar de vez em quando, mas já não me deixa mais desesperada, não me faz chorar e muito menos ter vontade de desistir. Ela vem e volta, não sei precisar o prazo, mas posso dizer que são bem mais fracas.
No fundo no fundo eu sei que tudo isso é psicológico, pois eu me sinto tão bem sem fumar, tão mais viva, tão renovada... por que raios eu fumaria de novo? Taí o problema do vício, espantoso como ele consegue ser forte e tirar nossa razão.
Espero um dia não sentir de vez nenhum tipo de fissura e de não ter que ficar me controlando em algumas situações. Torço para que isso aconteça, mas até lá o jeito é seguir me policiando.
Hoje completo 51 dias sem fumar (viva!) e eu não vou desistir e não vou zerar essa contagem. Vamos que vamos!