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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Corrida de São Silvestre

Eis que um belo dia (de muito sol, inclusive) eu corri a São Silvestre!

You What???

Como eu expliquei nos primeiros posts desse blog, eu parei de fumar por uma série de fatores. A corrida foi um deles, mais especificamente a São Silvestre (tem vários posts que falam sobre isso aqui no blog, talvez esse - segura o link - seja o mais completo).

Finalmente o grande dia havia chegado!

Do momento em que eu acordei até o finalizar da prova eu sentia que estava em uma espécie de transe de tão feliz que eu me sentia. Sabe quando você está no lugar, mas parece que não está? Eu flutuava pelas ruas.

A energia dessa prova foi algo inesquecível. A torcida ao longo do percurso é muito emocionante, com destaque especial à passagem no túnel da Av. Paulista e à subida da temida Brigadeiro. Ao longo da prova é como se você estivesse em uma grande gincana: encontra pessoas, personagens e situações inusitadas. Nesse ritmo nós vamos, quilômetro após quilômetro, fazendo uma grande festa pelas ruas da cidade.

Eu consegui correr de ponta a ponta conforme eu queria, inclusive a Brigadeiro inteirinha (que aproveito para dizer que não achei a pior parte da prova não - o viaduto da Av. Rudge eu achei muito mais complicado).

Na subida final da Brigadeiro eu fiquei muito emocionada, quando virei a Paulista então nem se diga. Meu olho chegou a encher de lágrimas e eu fiz um esforço muito grande para não chorar. Não é por nada não, mas é que se eu começasse eu não ia conseguir parar e, com isso, talvez nem encerrar a prova.

Ao longo do percurso, especialmente nos momentos em que tinha bastante torcida para nós corredores, eu juro que fiquei com vontade de sair gritando "Eu parei de fumar! Eu parei de fumar!" e em vários momentos eu me perguntei se não devia ter ido com uma camiseta escrito exatamente isso. Se todo mundo na torcida falava constantemente "Parabéns!" ou "É isso aí" e derivados, imagine se eu tivesse com uma camiseta escrito "Ex-fumante. Eu consegui!". Ia ser uma comemoração insana. Taí uma ideia para o futuro, quem sabe.

Encerrei o percurso com direito a abraço especial das minhas grandes amigas, do meu marido e, para minha surpresa e felicidade, da Tia Susy, Tio Carlos e Tchella também, que não fizeram a prova, mas estavam lá com sorriso e festa para nos receber. Uau. Que dia foi esse!

Pena que o meu encontro com os QuitNow! Runners não deu muito certo, mas tudo bem.. não se pode tudo nessa vida, né? Teremos novas oportunidades, tenho certeza.

Tenho algumas (várias) criticas sobre a organização da prova, mas não vou estragar esse post comemorativo com isso. Deixemos para uma outra oportunidade.

A minha medalha da Corrida de São Silvestre é o maior simbolo que eu tenho de superação. Ela coroou o meu parar de fumar e quando olho para ela lembro de tudo: da decisão, de todas as dificuldades, momentos tristes, pequenas comemorações e de toda a luta que tive até agora.

Engraçado que não consigo vincular ela aos 15k nem à corrida, mas sim ao parar de fumar. Foi minha formatura de ex-fumante, como se eu tivesse ganhado o diploma de "Parabéns, você conseguiu parar de fumar". E consegui mesmo. Como disse a Michelle (ex-fumante e corredora do QuitNow! Runners): "Carol, você sentiu o peso da medalha?". Senti. Ela pesa mesmo e em todos os sentidos.
Maravilhosa hora que eu resolvi vincular as duas coisas. Foi uma experiência inesquecível!
Obrigada a todos pela torcida, carinho e companheirismo.

O próximo desafio já foi lançado: vem aí a Meia Maratona do Rio de Janeiro e eu estou inscrita! Rá!
Vamos que vamos, força Carol!

Eu consegui! Viva!
"We are the champions, my frieeends..."

2 comentários:

  1. A felicidade de ter conseguido correr foi tão grande que nem sentimos tanto o esforço.... a mente e os sentimentos levando o corpo... Viva, Carol! Viva o peso da medalha e a leveza do ser!��

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