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sábado, 22 de outubro de 2016

Sabadão!

Mais um sábado... o temível!
Com o passar do tempo esse dia da semana está se tornando apenas mais um dia na semana. Simples assim, ufa! De qualquer forma é um dia em que meu autocontrole tem que estar mais apurado e minha cabeça mais ocupada. Sei que não posso reclamar, os primeiros sábados me faziam chorar, então o pior já passou!
Também fico pensando em como teria sido difícil se eu estivesse na época de sair aos sábados. Barzinhos, baladas, festas... seja o que fosse, seria muito mais difícil. Admiro quem consegue parar assim! Aliás, sorte também que a lei antifumo existe nos dias de hoje. Na época dos bares cheios de fumaça parar de fumar deveria ser um desafio e tanto. Hoje é só evitar o fumódromo, ou a calçada!
Hoje não tem bar nem festa, com dois cachorros em casa, sendo um filhote, o agito vai ser aqui mesmo. Bom sábado a todos!
Vamos que vamos, força Carol!


sexta-feira, 21 de outubro de 2016

O curioso caso da luva de látex!

Mais um dia, mais uma descoberta e ontem foi dia de refletir a respeito da nicotina. Foram imagens chocantes, escuta essa!
Lá estava eu na manicure/pedicure enquanto aqui em São Paulo os termômetros marcavam 34 graus! Estávamos lá naquele calorão, quando ela comentou comigo que eu ainda estava no lucro, pois não estava usando luvas de látex. Na sequência eu escuto um "Além da mão suar horrores aqui nessa luva, olha que engraçado. Dá até para ver que mão eu usei para fumar!".
Epa!
Ela virou as palmas das  mãos para mim e, realmente, uma das luvas estava amarela. Amarela mesmo, cor de caneta marca-texto, sabe? A mancha fazia o formato dos dedos certinho. Eu admito que fiquei impressionada! Questionei se ela tinha certeza absoluta que aquilo era do cigarro e ela confirmou, ainda enfatizou que isso sempre acontece quando ela coloca as luvas brancas depois de fumar. Depois disso fiquei muda um tempão.
Que a nicotina é uma praga e faz muito mal para o fumante eu sempre soube, que ela amarelava os dedos e os dentes também não era novidade, mas essa situação da luva, ainda mais nesse meu momento sem tabaco, me deixou bem pensativa.
Uma vez, por exemplo, eu fiquei um período com o dedo indicador e a unha amarelos, das duas mãos. Foi em um período mais pesado meu como fumante e foi justamente quando vi meus dedos daquela cor que dei uma controlada no cigarro. Demorou um tempão para sair. A diferença aqui é que levei bastante tempo para conseguir essa proeza dos dedos amarelos, no caso de ontem, a luva amarelou em questão de minutos. Meu Deus! E olha que minha manicure fuma um cigarro tecnicamente mais fraco.
No meu momento pensativo também lembrei das toalhas brancas da minha casa. Eu tive a sorte e o conforto do mundo de não precisar lavar as minhas roupas enquanto morava com os meus pais (maravilha)! Desde que casei a mordomia acabou e passei a ficar mais íntima da lavanderia. Desde então que percebi que as toalhas de banho da minha casa vinham sujas para lavar. Mais especificamente, a minha toalha de banho estava sempre meio encardida, a do meu marido não. No jogo de banho branquinho então a minha toalha chegava a ficar marrom. Eu nunca entendi o motivo, até me achava encardida demais para ser verdade! Enfim, dada a cena da luva de ontem, assim que cheguei em casa fui correndo ver tanto as toalhas do banheiro quanto as que estavam para lavar. Pasmem: todas da mesma cor. O encardido sumiu! Cara! Era a nicotina!
Fumantes por aqui, se quiserem arriscar façam o teste da luva e da toalha para ver. Chocante! Nada que a gente não saiba da nicotina e tudo mais, mas quando a gente vê é um pouco impressionante.
Para terminar, vamos dar um final feliz para esse post, chega de drama. Saí de lá com as unhas da mãos e dos pés pintadas de branquinho. Para mulheres fumantes essa cor não é muito utilizada, pois o esmalte da mão fica amarelo rapidinho. Agora não mais, viva o esmalte branco! Mais uma conquista!
E vamos que vamos! Força Carol!

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Fedidão

Comecei a rir sozinha em um canto da sala. Com os olhos curiosos e um sorriso de canto de boca o meu marido me questionou: "O que é que foi agora?".
Lá estava eu com o iPad na mão gargalhando. Expliquei para ele que nesses vários grupos de apoio ao tabagista que andei me aventurando descobri que muitos ex-tabagistas se referem ao cigarro como "O Fedido".

- E aí galera, todos longe do fedido hoje? - disse um
- Vamos lá, juntos vamos vencer o fedido - exclamou o outro entusiasmado
- Eu não troco nada pelo fedidão de volta - comemorou o terceiro.

Achei engraçado e faz total sentido. A cada dia que passa o cheiro do cigarro é cada vez mais forte para mim e, como o apelido diz, cada vez mais fedido - e mais uma vez caí na gargalhada.
Quando eu digo que o universo dos ex-tabagistas é um mundo a parte não é brincadeira não!

Bora lá, 52 dias sem o fedido e vamos que vamos!




quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Sobre fissuras

Nos últimos dias fui muito questionada a respeito da vontade de fumar nesse tempo que parei com o cigarro.
Como eu disse bem no comecinho desse blog, os primeiros dias eram desesperadores! Eu não sei explicar direito se o problema era a vontade de fumar, controlar a cabeça por não poder fumar, não saber fazer as coisas do dia-a-dia sem fumar... enfim, tudo muito novo e muito complicado. As fissuras vinham a cada duas ou três horas, mais ou menos, e a vontade era de sentar e chorar - algumas vezes inclusive eu fiz isso.
Passado esse comecinho temos as primeiras semanas, que também não foram fáceis, mas muito menos insanas do que os primeiros dias. As fissuras não eram tão frequentes, mas quando vinham eram mais fortes. Minha amiga me ensinou que essa sensação durava 04 minutos (ela cronometrou. Obrigada Jajá!) e que o desafio era controlar a cabeça nesses minutos. Realmente, funcionou muito bem, sobrevivi a elas! .
Passadas essas duas ou três semanas iniciais eu percebi que é muito mais questão de administrar a abstinência. Não posso mentir, a vontade de fumar vem me visitar de vez em quando, mas já não me deixa mais desesperada, não me faz chorar e muito menos ter vontade de desistir. Ela vem e volta, não sei precisar o prazo, mas posso dizer que são bem mais fracas.
No fundo no fundo eu sei que tudo isso é psicológico, pois eu me sinto tão bem sem fumar, tão mais viva, tão renovada... por que raios eu fumaria de novo? Taí o problema do vício, espantoso como ele consegue ser forte e tirar nossa razão.
Espero um dia não sentir de vez nenhum tipo de fissura e de não ter que ficar me controlando em algumas situações. Torço para que isso aconteça, mas até lá o jeito é seguir me policiando.
Hoje completo 51 dias sem fumar (viva!) e eu não vou desistir e não vou zerar essa contagem. Vamos que vamos!

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Esquadrão anti-fumo



Acredito que todo tabagista já foi interrogado, pelo menos uma vez na vida, por algum integrante do esquadrão anti-fumo. Eles estão espalhados pelas cidades, nas ruas, bares, restaurantes e empresas e possuem um único objetivo: questionar o porquê você não para de fumar. Ainda no esquadrão anti-fumo temos um personagem que parece superior a todos os outros interrogadores, mais insistente, mais questionador e, claramente, mais chato: o ex-fumante.
Alô alô não fumantes e ex-fumantes do esquadrão anti-fumo que estejam por aqui: ESSE DISCURSO NÃO SERVE PRA NADA E NÃO AJUDA NINGUÉM!
(Yeaaaahhhhh... sempre quis fazer essa declaração, estava entalada na garganta há anos. Ufa!)
Sério. Não ajuda. Acreditem! Em primeiro lugar: esse interrogatório aparece sempre em momentos nos quais não queremos falar a respeito. A gente vai na calçada, estava horas sem fumar, finalmente tem os minutos de relaxamento e aparece um mala sem alça perguntando se a gente nunca pensou em parar. Cara! Ou então vai na padaria, bar, boteco comprar um cigarro e o caixa faz a declaração "não fuuuuma". Cara! A gente está parado, fumando um cigarro, um transeunte passa entre nós e solta um cochicho "Fuma não, fuma não". Cara! Se manquem!
Os ex-fumantes são os piores. Além de usarem o velho bordão de parar de fumar eles se utilizam do fato de terem parado para tentar te dar mais apoio. É aí que eu me pergunto: ele não lembra do esquadrão anti-fumo e de quanto isso é chato?
De verdade, eu não conheço ninguém que resolveu parar de fumar porque foi abordado com essa solicitação rasa e chata. Se conhecerem alguém, por favor me apresentem. Que fique claro de uma vez por todas: a pessoa vai parar de fumar quando ela colocar na cabeça dela que pretende parar (ou, mais tragicamente, quando ficar doente). Não adianta contar história trágica, não adianta falar que ela é tão bonita e não deveria fumar, não adianta nada disso. Mais ainda: o fumante sabe que o cigarro faz mal, tá? E causa todas as doenças e tudo mais. Não precisa que você do esquadrão anti-fumo conte essa "novidade" para ele.
Lembro uma vez no trabalho um cara da empresa, antes de uma reunião, virou pra mim na frente de todo mundo e disse: "Não vai cumprimentar ninguém? Aposto que é porque está cheirando cigarro". Adivinhem? Ex-fumante. Claro! Agora eu pergunto: isso me ajudaria a parar de fumar?
Uma vez também eu fui sair para fumar e me questionaram: "Vai fumar de novo? Pô". Fui fumar sim e para garantir fumei dois: um para descontar a raiva desse questionamento idiota e outro porque era o cigarro que eu ia fumar inicialmente,
O que eu poderia sugerir para você, inconformado com o fato de que as pessoas fumam é que quando um fumante sinalizar que tem intenções de abandonar o vício, acolha-o e escute o que ele tem a dizer. Simples assim! Eu sinto muito te informar, você não vai conseguir convencer ele com o discurso chato e a solicitação irritante. Pode ser que esse tabagista que esteja na sua frente não parou de fumar por insegurança, por falta de apoio, por medo... você já parou para pensar nisso? Mais ainda, para enfrentar tudo que ele vai enfrentar ele vai precisar de apoio, carinho e compreensão. A última coisa que ele precisa é de uma série de questionamentos e lição de moral. Se ele não quer parar, deixa ele, não enche, por favor!
Eu precisava escrever isso tudo. Estava entalado na minha garganta há anos! Além disso, agora que parei de fumar a gangue de ex-fumantes do esquadrão anti-fumos está me perseguindo e finalizo o texto com uma promessa: eu não vou ser a ex-fumante chata. Prometo! Eu entendo os fumantes, afinal de contas eu fui uma! Estamos juntos!


segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Grupos de apoio



Antes mesmo de eu tomar a decisão de parar de fumar eu sabia que existiam grupos de apoio destinados para isso. Quando eu parei comecei a buscar mais informações a respeito e descobri um novo mundo - o universo dos ex-fumantes! Existem diversas opções de grupo de apoio para nós ex-tabagistas. Vamos falar um pouco a respeito de tudo isso?

Blog
Como o meu processo entre tomar a decisão e chegar à data agendada foi muito rápido, não tive tempo de correr atrás de um desses grupos, daí uma das ideias de criar esse blog. Aqui é o meu grupo de apoio de uma pessoa só. Bom, eu chamava ele assim, mas recebo tanta mensagem de incentivo por aqui e pela fanpage do Facebook que eu não posso mais dizer que estou sozinha. Enfim, não se compara a um grupo de apoio com psicólogos, médicos e tudo mais que é preciso, mas o blog tem me ajudado. Eu recomendo para quem gosta de escrever, tenha um pouco de tempo e não tem tanta vergonha de se expor. Também tem a opção de ler os blogs alheios. Eu mesma já descobri vários e é interessante, pois em alguns vejo que a pessoa passou por algo semelhante a mim e em outros vejo casos tão diferentes.

Grupos de Apoio ao Tabagista
Eu conheço, indiretamente, o grupo de apoio do Hospital São Paulo (Unifesp), aqui em São Paulo. Minha mãe conseguiu parar com a ajuda deles e depois que deu certo para ela vários parentes nossos e conhecidos foram lá. Se o processo não mudou muito, funciona mais ou menos assim: são encontro semanais e a pessoa conversa com profissionais de saúde. Eles indicam o medicamento a tomar (quando necessário) e com um verdadeiro grupo de apoio, com vários outros fumantes, é escolhida a data para parar de fumar. Todos param juntos na mesma data e os encontros semanais continuam, tanto para todos se apoiarem quanto para os medicamentos serem analisados e reduzidos. Minha mãe foi orientada a parar com os adesivos de nicotina, outros conhecidos nossos receberam antidepressivos, etc. Lembro que os encontros dela eram de segunda e ela sempre voltava pra casa renovada e feliz. Na mesma época o telefone de casa tocava bastante, eram os outros ex-tabagistas ligando para ela, todos em um apoio mútuo. Eu testemunhei todo o processo e vi que funciona. Se eu tivesse me organizado melhor eu teria ido lá. Na época o serviço era gratuito, não sei se continua, acho bom confirmar antes caso alguém queira frequentar o grupo. Sei que existem outros grupos de apoio que funcionam de maneira parecida e no site da Aliança de Controle do Tabagismo tem uma lista com todos eles.

Quit Now e Apps
Já falei sobre o aplicativo Quit Now aqui no blog - link do post aqui. Ultimamente tenho entrado bastante no chat do app e tem sido uma experiência super rica. Encontramos pessoas que acabaram de parar, outras que pararam há muito tempo, outras que ainda estão tomando coragem... enfim, todos se ajudando e compartilhando mensagens de incentivo. Não posso falar dos outros apps disponíveis, mas o desse específico funciona direitinho. 

Whatsapp
Entrei em um grupo do Whatsapp de ex-tabagistas. Funciona muito parecido com o chat do QuitNow, mas por ser um grupo pré-definido a gente vai descobrindo mais ou menos quem é cada pessoa e as dificuldades. Tem os horários de pico, nos quais fiquei meio perdida com tanta mensagem, e os horários mais tranquilos. É bem legal para pedir uma ajuda rápida, tirar uma dúvida, enfim... funciona como um grupo do Whatsapp, acredito que todos já tenham participado de um, mas com a diferença de que esse é para uma causa específica.

Facebook
Tem algumas comunidades para os ex-fumantes no Facebook. Também, todos compartilham informações, tiram dúvidas, etc. Para encontrar uma é só digitar ex-fumantes ou ex-tabagistas na janela de busca e escolher alguma que pareça interessante.

Enfim, sozinhos nós ex-fumantes não estamos e grupos de incentivo tem de monte, em muitos casos sem nem precisar sair de casa!
Fica a dica para quem está pensando em parar!
Deixa eu ir lá que desde o gurpo do "zap" meu celular não para... rs... até a próxima pessoal!

domingo, 16 de outubro de 2016

Superlua

Ontem coloquei na fanpage do Facebook algumas informações a respeito da superlua desse final de semana. Com toda a energia da lua vem junto a oportunidade de tomarmos grandes e importantes decisões em nossa vida. A hora é agora! Como eu já parei de fumar, vou aproveitar a energia da lua para reafirmar isso. Por incrível que pareça hoje, aos 48 dias sem fumar, começou a me dar vontade de novo. São as conhecidas fissuras. Elas vêm e vão embora, mas achei que estava livre delas pra sempre. Uma dica a respeito da vontade de fumar: minha amiga me explicou que cronometrou elas e duram até no máximo 4 minutos. É, o jeito é dar um gole de água, distrair a cabeça, cantar uma música enquanto isso não passa. Jajá, obrigada pela dica!!! Compartilhada!!!
Não foi a superlua que me trouxe, dessa vez a responsabilidade é minha: ontem chegou um novo cão em minha casa! Um filhote lindo e que deixou as coisas bem agitadas por aqui! Nós já tínhamos um cachorro de 02 anos, então passamos o dia nesse processo de adaptação canina. No final do dia eu estava tão esgotada que, mais uma vez, só pensava em sentar um pouco e fumar um cigarro. Olha como as coisas são! Mas sigo aqui firme e forte! Agora sou mãe de 02 cachorros lindos e muito bagunceiros! 
Agora vou lá cuidar da minha pequena matilha, antes que minha casa venha abaixo!
Até a próxima pessoal e feliz 48 dias pra mim!