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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

O combo carnavalesco!

O Carnaval está chegando Brasil, viva! Muita animação! Girando e sambando, vamos lá! Eu adoro carnaval! Admito que a minha velha interior não tem colaborado muito nas comemorações carnavalescas ultimamente, mas tudo bem.

Enquanto eu fazia minha programação para esse período festivo eu percebi um detalhe muito importante. Aliás, alguns detalhes. Olha só:

Meu primeiro carnaval sem fumaça desde os meus... hum... 17 anos. Confere produção?
Se não me engano é isso. Taí uma das coisas que eu sinceramente não sentirei falta nenhuma: fumar no carnaval. Isso sim me dava um certo trabalho.
Primeiro porque em lugares de muvuca eu vira e mexe queimava alguém sem querer com a brasa do cigarro. Era super chato, fora que já quase me meti em muita confusão por causa disso. Sem contar o trabalho que dá acender um cigarro no meio da multidão.
Também tem o fato de que para levar o maço em uso e o reserva (aaand o isqueiro) eu meio que obrigatoriamente tinha que enfrentar a multidão de bolsa! Um transtorno. Agora não, posso ir eu, meu documento e alguns trocados curtir as marchinhas ladeira acima e ladeira abaixo. Segura essa Brasil!!

Eu completo 06 meses sem fumar em pleno Carnaval!
Pasmem! Meio ano! Dá para acreditar? Comecei meio tímida, devagar, receosa... aqui estou: firme e forte! É um marco bastante simbólico esse! Metade de um ano inteirinho! Uau!

 Não é ano bissexto, então não tem dia 29 esse mês... o que eu faço?
Isso eu tinha percebido que ia acontecer já faz algum tempo. Todo dia 29 é a comemoração mensal do meu Parar de Fumar. Só que e agora em fevereiro? Como eu comemoro? Não vai passar em branco de jeito nenhum justamente os 06 meses, mas poxa... que ingratidão não existir 29 de fevereiro esse ano!
Quer saber? Na dúvida vou comemorar o carnaval inteiro! É festa e muita festa! Depois conto para vocês como que foi!

Como eu não sei se atualizarei o blog nos próximos dias, já vou adiantar para desejar a todos um ótimo carnaval! Aproveitem! Curtam bastante!
Para a turma de ex-fumantes um recadinho especial: força pessoal. Não podemos deixar que uma única data arruíne uma conquista tão grande. Sejamos fortes! Vamos sobreviver!

Adeus vício! Chega mais Rei Momo! É Carnaval!

Eu vou é sambar na cara do cigarro! E tenho dito!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Fotos que valem mais que mil palavras

Dia desses fiz uma corrida de rua e alguns dias depois recebi o tradicional e-mail com links para as fotos que tiraram durante o percurso: fotos minhas na largada, chegada, suando, desmontando e coisa e tal. Achei interessante que o site mostrava as fotos dos corredores cruzando a linha de chegada, então resolvi fuçar o site para ver se não tinha fotos de outras corridas que participei.
Bingo!

Só que o que eu encontrei foi bastante impressionante pra mim e mostram muito mais do que o fato de que eu participei de outras corridas. Vamos explicar.

As duas fotos foram no mesmo circuito, mesmo trajeto, mesmo horário de largada e a mesma pessoa cruzando a linha de chegada (euzinha aqui). O intervalo entre uma foto e outra é de aproximadamente 04 meses.

Na primeira foto eu era fumante e para ser mais específica faltavam 02 dias para eu parar de fumar (a corrida foi no dia 27 de agosto). Na segunda foto eu tinha parado de fumar fazia quase 04 meses. Detalhe importante: na segunda corrida (da segunda foto) eu não peguei extremamente pesado, pois eu tinha a São Silvestre dentro de algumas semanas e não queria correr o risco de me lesionar.

De verdade? O tempo da segunda foto nunca ia acontecer se eu continuasse fumando, mesmo que eu treinasse muito. Eu não teria pulmão para isso, por mais que eu tentasse. De verdade, já falei isso aqui várias vezes, como fumante cada vez que eu tentava baixar o pace era um sacrifício e eu terminava qualquer corrida com bastante falta de ar e meus pulmões no limite. Se você reparar bem, na segunda foto eu chego tranquila, finalizando a prova bem, desligando o relógio, simples assim.

Não é enganação, não é balela. Essa é a declaração de uma ex-fumante que corria e ainda corre, mas que hoje termina as provas se sentindo bem e não mais a ponto de ter um piripaque respiratório.

Acredito que as fotos falam por si só e valem mais que mil palavras que eu possa colocar aqui. Olhem os reloginhos das fotos e tirem suas próprias conclusões!

Um grande abraço,

De uma ex-fumante que corre.


Corrida 1 - Fumante

Corrida 2 - 3 meses e algumas semanas sem fumar


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Fissura - O retorno!

Estou eu quieta, vivendo a vida calmamente, tudo sob controle, quando...

Segura essa Carol!

Olha, eu achei que meu caso com a fissura estava encerrado, mas ontem descobri que não. A última vez que tive uma foi perto do Natal, então temos aí um belo intervalo entre uma situação e outra, não posso reclamar tanto. Só que poxa... não quero mais receber essa visita.

No momento do desespero, além das lágrimas e desabafo com o meu marido, corri no whatsapp e pedi ajuda urgente para o grupo do QuitNow Runners! A resposta veio de maneira imediata: uma enxurrada de frases de apoio, incentivo, praticamente um grande abraço virtual... e assim me reestabeleci e enfrentei mais uma das avalanches de emoções que uma fissura consegue causar.
Não tardou para ela ir embora da mesma maneira misteriosa como apareceu e eu fiquei lá meio que sem entender nada. A sensação foi como se um furacão tivesse passado por mim.

Pensei muito se eu contaria isso aqui ou não, por poder ser um relato meio desanimador para quem está no processo de parar de fumar, especialmente para aqueles que estão começando. Saber que eu aqui aos quase 6 meses sem fumar (Yeah!) tive uma fissura a ponto de recaída não é a melhor das notícias. Por outro lado, eu sempre fui muito sincera no blog e não ia começar a esconder as coisas logo agora, né? Além disso, cada um tem uma reação diferente no processo de parar de fumar, então deixo registrado aqui exatamente o que aconteceu comigo e não vou mentir para parecer mais forte ou mais fraca.

Agora o ponto mais importante nisso tudo, pelo menos pra mim, é dizer que em caso de desespero procure ajuda! Não tem problema nenhum pedir ajuda urgente porque a situação está insuportável e desesperadora. Eu sou bastante orgulhosa e tenho uma postura de durona para enfrentar as coisas, então muitas vezes pra mim é difícil pedir ajuda. Ainda bem que deixei essa bobeira de lado e dei o grito de socorro - o apoio que recebi com isso foi fundamental para eu ter forças para seguir em frente.

Mais um furacão que passou e mais uma vez a lição: não posso dar bobeira, o vício ainda me cerca!
Ufa. Sobrevivi! Vamos em frente, segue o plano!

E aos queridos amigos do QuitNow! Runners e ao meu marido, o meu mais sincero:

💓 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

A dica do canudinho!


Dia desses li em algum lugar uma dica de um ex-fumante e achei bem interessante, resolvi compartilhar. Uma pena que eu não lembro a fonte e nem o autor da dica para dar os devidos créditos.

A ideia é a seguinte: logo nos primeiros dias quando paramos de fumar a recomendação é beber bastante líquidos, água preferencialmente. Então a dica foi: colocar a água em algum recipiente que caiba um canudinho e beber pelo canudo.

O motivo é que além da sensação de alívio que a água traz, o fato de puxá-la pelo canudinho dá meio que uma simulada no ato de tragar um cigarro - pelo mesmo movimento dos lábios e coisa e tal. Disse a pessoa, ainda, que esse processo dá uma baita acalmada nos momentos de fissura.

Eu tinha testado a estratégia do pirulito logo quando parei de fumar (obrigada pela dica Julie!), que não é nada mais nada menos que consumir um pirulito nos momentos de crise de abstinência. A ideia é bem parecida, mas no caso do pirulito o que ele simula é segurar o cigarro, talvez por manter a mão ocupada e levar até a boca e coisa e tal. Comigo na época funcionou super, dava um baita alívio, sobretudo nos momentos mais desesperadores.

Agora essa do canudo pra mim é novidade - além de ser sugar free. Hoje na minha volta do almoço fiz um pequeno teste e achei interessante a experiência, acredito que para quem está nos primeiros dias deve ajudar muito mesmo!

Enfim, fica a dica! Eu vou descolar um desses copos com canudo ou uma garrafinha com canudo fixo para deixar no meu carro. Nunca se sabe o dia de amanhã nesse processo sem cigarro e quando a fissura ataca ela vem sem dó, então é melhor eu me prevenir, não é mesmo?

Vamos que vamos! Até a próxima pessoal!


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O carro e o cigarro

Uma das maiores dificuldades quando parei de fumar foi dirigir sem o cigarro, por mais incrível que possa parecer, e admito também que de certa forma ainda é. Já me adaptei bem a conduzir o veículo na minha nova condição de ex-fumante, mas levei um bom tempo para me acostumar a isso e garanto que foi muito mais difícil do que, por exemplo, ficar sem o cigarro pós-almoço.

Dei uma pesquisada e li em algum lugar uma teoria que para mim fez todo sentido. O texto dizia que o fumante tem sido banido de tantos lugares, fumar tem sido cada vez mais difícil por aí, que o carro se tornou uma espécie de território livre para o cigarro. Uma espécie de fumódromo particular, sabe?

Essa teoria vai totalmente de acordo com o que aconteceu comigo e para mim fez todo o sentido do mundo. Por exemplo: eu evitava fumar no meu trabalho, criei uma espécie de política minha de não interromper minhas atividades no trabalho para sair para fumar. Resultado: encerrado o expediente, eu entrava no carro para ir pra casa e pá, imediatamente acendia um cigarro. Outra situação: se eu ia a um restaurante, cinema, shopping ou qualquer outro lugar onde fumar era proibido (e sair para fumar dava muito trabalho) assim que eu entrava no carro a primeira coisa: acender um cigarro. Sem contar quando algum não-fumante do esquadrão anti-fumo me pedia uma carona e eu ora mentia que ia fazer outro trajeto, ora dava a carona p da vida porque não ia poder fumar tranquila. Poderia listar aqui inúmeras outras situações, mas regra geral a situação era sempre essa: carro = aliviar o vício.

Eu sempre circulei muito pela cidade de carro: eu fui professora particular de inglês, então eu ia de um lado para o outro o tempo todo; sempre morei distante dos lugares que gostava de frequentar, então vira e mexe lá ia eu de carro em um longo trajeto, hoje trabalho a uns 40 minutos de casa, o que me daria tempo suficiente para uns 02 ou 03 cigarros para matar o tempo no percurso.... enfim, foram muitos quilômetros e muitas bitucas asfalto a fora.

Uma vez conversando com uma outra fumante (na época eu ainda fumava) ela me perguntou se eu já tinha frequentado um daqueles fumódromos fechados, fedidos e esfumacentos. Antes da resposta verdadeira eu ri e disse: "todos os dias, meu carro é um deles, só que ambulante".
Tudo isso para dizer que não foi a minha varanda, não foi o café, não foi o pós-almoço... difícil mesmo pra mim foi dirigir sem fumar!

Sorte daqueles tabagistas que tem a regra de não fumar no carro, não passarão pelo mesmo martírio que eu e, principalmente, não terão que conviver com o carro fedendo mesmo meses e meses depois de parar de fumar - porque eu insisto que eu ainda sinto cheiro de cigarro no meu carro. Blah!

É isso aí, mais um obstáculo a se superar nessa minha vida sem fumaça.

Vamos que vamos! Até a próxima pessoal!

Descobri recentemente que isso dá multa! Eu não sabia! Ufa! Escapei de várias... rá!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Convivendo com os amigos fumantes



Uma situação que sempre me causou dúvidas: como eu conviveria com os meus amigos fumantes sendo uma ex-fumante?

Mais do que isso, a grande maioria dos meus amigos são tabagistas. Eu não ia abrir mão das minhas amizades só porque passei para o time dos sem fumaça, mas como seria nos encontros? Quando no restaurante apareceria o convite "vamos sair pra fumar", como eu ia fazer? E nos bares então? Eu ficaria ali dentro, sozinha, esperando todos voltarem? Ou iria ao fumódromo com eles e resistiria bravamente? O que fazer?

Diferente do que eu achei que seria, a minha relação "amigos - cigarro - fumódromo" tem sido muito tranquila. Nos primeiros meses eu evitava ir até as calçadas acompanhá-los ou ficar frequentando fumódromos, pois não me sentia tão forte e confiante. Ultimamente já dei algumas circuladas pelas áreas de fumante para acompanhar meus amigos e não tive maiores problemas com isso. Admito que na maioria das vezes eu acabo não indo com eles mais por preguiça do que por medo de cair em tentação - é tão boa a sensação de sentar em um bar/café/restaurante e não precisar ficar levantando pra fumar!

Admito também que nenhum amigo fica me convidando para sair para fumar "Carol, me acompanha ali que eu vou fumar um cigarrinho?" e por mais que eu fale para eles que eu realmente não me incomodo em vê-los fumar, eles não fazem esse tipo de convite para mim. Eu vou com eles por conta própria mesmo, "de bicão". O não convite e o não anúncio são as formas dos meus amigos tabagistas me apoiarem nesse meu projeto sem cigarro e eu acho fofo!

Eu não me incomodo de ser ex-fumante no meio de um monte de tabagistas, parar de fumar foi uma opção minha e sou muito bem resolvida com isso.

Fica aqui o meu relato, a minha experiência e para os leitores fumantes, não se assustem se qualquer hora toparem comigo no fumódromo, só estarei acompanhando alguém. Podem fiscalizar! Rá!

Vamos que vamos! Força Carol

162 dias livre do cigarro!


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Notícias!

Esse ano começou de um jeito muito diferente! Geralmente o mês de janeiro é um período mais calmo, inclusive no meu trabalho. Só que 2017 começou engatado no turbo, correria desde a primeira semana e quando eu finalmente consegui parar para respirar... já era fevereiro. Eita!

Agora que tudo parece estar mais calmo consigo voltar à rotina de posts no blog. Aliás, nem vou falar muito sobre a calmaria se não a minha agenda escuta, desperta e despiroca tudo de novo. 😜

O lado bom é que com todo esse tumulto o cigarro foi jogado de vez para escanteio e fissuras e pensamentos a respeito dele foram bem raros. Isso é estranho, pois eu achava que passaria uma vida de abstinência, tortura, dor e sofrimento, mas vejo que não, longe disso, eu me sinto é muito bem, obrigada!

Apesar da minha ausência no blog, fiz algumas pautas que gostaria de falar por aqui e em uma delas eu listei as coisas que ainda me fariam voltar a fumar, as coisas que não fariam, etc... meio que um balanço de que pé estou com relação ao tabagismo hoje, mais especificamente, ao meu vício. Estou trabalhando na listinha ainda, aguardem, mas no meio disso tudo eu cheguei à uma conclusão bem maluca também.

Eu dizia para os meus amigos que apesar de todas as melhorias que eu tive, se saísse um estudo dizendo que era tudo mentira, que cigarro não causa câncer e nem doenças malucas, que se a ciência dissesse que está ok fumar que não vou adoecer disso, eu voltaria na hora. Acontece que hoje eu já vejo que não... eu não sei se voltaria, não valeria a pena, eu ganhei muito em qualidade de vida e voltar ao tabagismo hoje pra mim seria como me jogar de volta no fundo do poço.

A situação é complexa, pois apesar de tudo, tudo, tudo, eu não entendo o porquê de as vezes eu sentir vontade de fumar se eu só vejo coisas negativas nisso... bom, daí vem a listinha que estou trabalhando, vamos ver o que vai sair dela! É um vício maluco, não dá para entender!

Enfim, de volta à rotina de posts, eu estava com saudades!

Vamos que vamos pessoal, até a próxima!

Rumo aos seis meses de liberdade. iuhu!