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sábado, 31 de dezembro de 2016

Na madrugada antes da corrida!

Enquanto aproximadamente 30.000 pessoas descansam para a corrida de amanhã eu resolvi vir aqui fazer um post rápido. Quem acompanha o blog sabe, quem chegou mais recente vai saber agora, mas amanhã é minha estreia na Corrida de São Silvestre! Estou ansiosa. Sei que não é uma maratona ou uma meia da modalidade, mas para mim é um simbolo muito forte. Das tradições da minha cidade e da minha decisão desse ano.

Eu lembro exatamente onde eu estava quando as inscrições abriram. Eu viajava pela Escócia e minha melhor amiga mandou a mensagem. Eu estava no trem e ela cogitou fazer a minha inscrição, uma vez que sabia que eu estava longe e com acesso limitado a internet. Tremi... que medo... como fumante eu não ia fazer essa prova muito bem... prometi que me inscreveria chegando no Brasil. Cheguei de volta e nada.

Alguns dias depois fui correr outra prova com outra grande amiga, da mesma turma. Ela já tinha se inscrevido e me questionou. Fiquei com vergonha de falar a verdade é só disse: A São Silvestre é um clássico. Ela acenou concordando. Continuei prometendo que eu ia me inscrever. Aqui estamos!

O parar de fumar veio bem depois, mas sempre enfatizo que a São Silvestre foi a última gota d'água. Aquele empurrão final para algo que eu ha algum tempo queria. Ironicamente essa semana de tanta ansiedade a unica coisa que eu pensava era em fumar um cigarro. Vai entender. Não fumei pessoal. Não fumarei mais, que fique bem claro.

Amanhã acordarei cedo para mais uma corrida, mas não é mais uma, mas A corrida. Aquele divisor de águas, com as amigas que acreditaram em mim e que nunca me julgaram, nem mesmo quando eu decidi parar de fumar e não as comuniquei com antecedência suficiente para dar a elas o papel de amigas, de abraçar e apoiar, pois elas sempre fizeram isso.

Paulão Hermana e Pat, obrigada por existirem na minha vida. Obrigada pela insistência Amo vocês! Aproveito para agradecer ao meu marido. Tão companheiro que embarcou nessa comigo. À turma do QuitNow Runners! Amanhã é dia! E a você que esteja lendo isso. Obrigada por fazer parte da minha vida também!

Vamos que vamos. Depois vem um post exclusivo desaa data comemorativva!

Força Carol, Paula, Pat, Ale, Ivan, Livia, Michelle.

Amanhã é dia de São Silvestre. Dia de ser feliz!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

4 meses!

Dia 29 chegou! Já sabem. É festa!



Aqui estou comemorando mais um mês de vitória, superação e descobertas nessa vida nova que eu tenho levado! Acreditem, eu comemoro mesmo! Só um ex-fumante sabe o trabalho que dá parar de fumar, então eu me sinto sempre muito vitoriosa. Todos nós temos que nos sentir durante esse processo!

De um mês para o outro eu já não sinto diferenças tão gritantes como era no começo, exceto pela alegria em ver a quantidade de dias sem o cigarro aumentar cada vez mais!

Também aprendi nesses meses que a distância entre o dia que estou e o último cigarro não significa que eu possa relaxar totalmente e parar de me cuidar. As fissuras podem aparecer e não posso deixar que elas me enganem. Eu não vou perder essa batalha!

Esse mês deixarei para celebrar essa conquista daqui a dois dias na Avenida Paulista na Corrida de São Silvestre! O mais legal? Para essa festa estarão presentes meu marido, minhas grandes amigas,  e quase toda a turma do Quit Now Runners! Aguardem! Será uma comemoração pra lá de especial!

Deixo aqui com vocês uma música comemorativa da data de hoje e que também me ajuda muito em todas as minhas corridas - inclusive vai me ajudar na de sábado. Rá!
Don't stop me now! Não, ninguém vai me fazer parar!

Vamos que vamos! Até a próxima pessoal!

Don't stop me now I'm having such a good time!



terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Liberdade de escolha



Parar de fumar me trouxe descobertas bastante interessantes e que não estavam na minha lista imaginária de "coisas que vão acontecer quando eu parar de fumar".

Explicando melhor, quando pensava em parar com o cigarro eu pensava nas coisas mais óbvias: visa saudável, economizar dinheiro, evitar doenças, etc. Desde que parei fui me deparando com novas possibilidades, descobertas incríveis e hoje gostaria de compartilhar mais uma com vocês: a liberdade de escolha do meu caminho!

Hein?

Como tabagista e com o vício bastante acentuado, ir para casa não era simplesmente pegar o carro no trabalho e ir embora. Envolvia desde fazer o trajeto onde eu poderia fumar mais tranquila (ou em maiores quantidades dependendo do dia) até a terrível saga de ter que parar para comprar cigarro.

Quem orientava o meu caminho era o cigarro: se eu estava com vontade de fumar, se o pacote estava acabando, se era melhor eu garantir e comprar mais um pouco. Era bem comum eu alterar absolutamente o meu trajeto e dar toda uma volta para conseguir parar em algum lugar para comprar o maledeto. Sem contar quando eu já estava dando a maior volta da história e chegando na loja de conveniência... não tinha cigarro. Então lá ia eu dar mais uma volta gigante em busca de outro lugar, as vezes de outro e mais outro e não era incomum andar quilômetros a mais até encontrar o meu cigarro.

Até a pé eu várias vezes mudava o meu percurso. Regra regal eu optava por um caminho menos ingrime para eu fumar sem tanta dificuldade e frequentemente incluía no trajeto uma banca de jornal, quiosque, ou o lugar que fosse para eu fazer minhas compras, se é que me entendem.

Eu admito que toda a saga de compra de cigarro dos últimos tempos como tabagista me dava mau humor.

Hoje eu acho sensacional entrar no carro e voltar do trabalho pelo caminho que eu quiser, vai ser indiferente se tem um posto de gasolina ou uma lojinha de parada fácil. Acho incrível andar a pé observando a rua e não procurando desesperadamente um lugar para comprar cigarros.

Querem saber? Isso é a maior sensação de liberdade da minha vida!

Adeus escravidão! Quem manda no meu caminho sou eu!

Vamos que vamos, até a próxima pessoal!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

De presente de Natal - a maior fissura da história!



Na última madrugada eu tive um sonho daqueles que a gente acorda até meio confusa de tão real que foi. No sonho eu fumava, assim, na cara de todo mundo. Já é a segunda vez que tenho esse tipo de sonho e é bastante perturbador.

Era um único cigarro e eu ainda dizia para não brigarem comigo, pois era um único cigarro. Ainda no sonho eu entrava no blog e pedia perdão por ter decepcionado todo mundo, que isso não ia se repetir. Como um todo eu me sentia mal o tempo todo por ter fumado. Acordei extremamente angustiada e levei alguns minutos para perceber que se tratava apenas de um son... pesadelo!

Há exatos três dias eu tive uma "fissura-guerra". Uma que eu nunca tinha tido desde que parei de fumar e foi um dia que, de verdade, eu achei que não ia resistir e eu iria colocar tudo a perder. A sensação que eu tive foi exatamente o que eu sentia na época de fumante quando eu não podia fumar. Dor de cabeça, dor na bochecha, até meu dedo doía e se eu realmente não estivesse tão determinada a esse projeto, eu com certeza absoluta teria tido uma recaída ali.

Passei o dia me sentindo mal, o dia desejando um cigarro e nada parecia funcionar: nem a água, nem balas, chás, chicletes... na hora do almoço parei em frente a uma banca de jornal e olhei o cigarro avulso. Pensei bastante a respeito dele, virei as costas e fui embora.

Essa sensação péssima durou até a manhã do dia seguinte e do nada desapareceu. Foi embora a tempo do Natal chegar e a partir de então tudo ocorreu tranquilamente como tem sido ultimamente.
Irônico, não? Eu aqui toda fortona falando que as fissuras sumiram quando pá, vem um verdadeiro tsunami me aterrorizar e mostrar que não, eu ainda não estou tão livre leve e solta quanto eu imagino. Que sirva de alerta para mim, eu ainda preciso ter cautela.

Agora eu garanto para vocês que nesse exato momento enquanto eu digito está tudo sob controle e trabalharei arduamente para assim continuar. Eu já cheguei tão longe, não quero colocar tudo a perder bem agora... eu não vou deixar o pior acontecer. Eu posso viver sem o cigarro, eu acredito!

Vamos que vamos, força Carol!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Feliz Natal!



Natal está aí, batendo na porta.
Será o meu primeiro sem fumar depois de muito tempo!
Parei para pensar a respeito e a última vez que passei essa data assim eu era menor de idade, que loucura!

Desejos especiais desse blog para as festinhas e encontros natalinos dos próximos dias:
Para a turma de ex-fumantes: muita força, não caiam em tentação, não deixem uma única data estragar todo o esforço sobrenatural que tivemos até agora! Força! Boraaa!!!
Para os não fumantes: deixem os tabagistas em paz! Não tentem convencê-los a parar, não façam isso. Já deixei bem claro por aqui que não é com esse discurso e nem desse jeito que vocês vão convencer ninguém.
Para os fumantes: aproveitem por mim, eu não posso nunca mais.. haha...e se um dia quiserem parar, estou por aqui! =)

Por fim, o clássico, mas verdadeiro: Feliz Natal a todos, com muita paz, união e felicidades!
Vamos que vamos pessoal! Ho ho ho!

Semana que vem tem mais, muito mais! (A São Silvestre vem aí! Preparados? Eu não! Rá!)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Um fantasma que me acompanha

Eis um tema que está em minha pauta do blog há tempos, mas é um assunto sempre a se evitar a conversar e a pensar. O fantasma das doenças que me acompanha constantemente.

Acredito que não sou a única no universo dos tabagistas que tem esse receio, trata-se de um pensamento que de tempos em tempos me atormentava e ainda que eu tenha parado de fumar ele continua a me visitar. Nos 14 anos de tabagismo eu tive que tirar uma chapa do pulmão em 03 momentos e garanto que em todos eles eu suei frio enquanto não saia o resultado.

A primeira vez foi quando eu era bem nova, precisava tirar um visto e na documentação incluía enviar uma chapa do pulmão para comprovar que eu não tinha tuberculose. Na época eu era menor de idade e meu maior medo era minha mãe descobrir, através daquele exame, que eu comprovadamente era uma fumante mirim.

A segunda vez foi há alguns anos em uma tentativa da minha médica de me assustar e me fazer parar de fumar. Ela me deu a guia e eu não fiz o exame. Ela ligou tanto e me infernizou tanto que lá fui eu fazer. No resultado não deu nada, mas eu admito que tremi na hora de abrir o envelope.

A terceira e última foi nesse ano mesmo. Fui no ortopedista verificar uma dor no pescoço e ele pediu a radiografia, pois desconfiava que se tratava de uma escoliose. Se meu marido não estivesse comigo na consulta eu admito que teria fugido e nunca mais aparecido na frente daquele médico. Enfim, não foi possível e lá fui eu de novo. O resultado apontou uma baita de uma coluna torta e o diagnóstico certeiro de escoliose. Nada mais.

Verdade seja dita, em todo o meu tempo de fumante qualquer alteração em exame, sensação de mal estar ou mudança no corpo eu sempre associava ao cigarro. Eu sempre soube de todas as doenças que cada tragada poderia trazer para mim - já disse, todo fumante sabe - mas era sempre um assunto para se pensar mais pra frente, porque me atormentava demais pensar naquilo. Além de tudo eu já tenho o histórico de câncer na família. Da minha mãe. No pulmão. Por causa do cigarro.

Existe um consenso dos fumantes em que todos sabem o que pode acontecer, mas é um assunto a se evitar. De vez em quando entre os tabagistas aparecia uma história de alguém que ficou doente, que teve algum problema de saúde e o assunto termina por aí. No máximo pode acontecer um "Putz, preciso parar de fumar", mas o silêncio e olhar entre nós já diz tudo.

Toda essa história para dizer que agora que eu parei eu ainda estou inquieta com essa questão de saúde. Tenho o alívio de pensar que até o momento eu estou saudável, ou acredito estar, e que consegui parar com o vício antes de ter alguma complicação. Por outro lado eu tenho a consciência de que eu apenas parei, mas carrego comigo essa bagagem suja e pesada, nem tudo está resolvido e o que posso fazer daqui pra frente é torcer para que seja apenas algo a se ficar no passado e que não me atormente no futuro.

Eu precisava falar sobre isso, era um desabafo necessário. Ufa!

Vamos que vamos, até a próxima pessoal!

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Beber sem fumar - quase 4 meses depois de parar de fumar

Quem acompanha esse blog sabe o quanto eu sofri nas primeiras vezes que eu bebi cerveja sem o cigarro. Uma sensação de vazio, uma tristeza e a impressão de que minha amada cervejinha ou vinho perderam toda a graça para sempre. 

Eu fiquei realmente inconformada e por muitas vezes me questionei se eu não poderia abrir uma única exceção e me permitir o cigarro nos momentos etílicos. Também em outras vezes pensei se não era melhor eu deixar de consumir bebidas alcoólicas para sempre, já que aquilo sem o cigarro era tão esquisito. 

E a vida continuou.

Por mais que eu deteste admitir, por mais que nem eu acredite que isso é possível e deixando para trás o meu orgulho de não dar o braço a torcer, sou obrigada a fazer aqui uma declaração pública. Eu nunca achei que um dia eu falaria isso, mas hoje, quase 04 (quatro) meses depois de parar de fumar eu admito: é possível tomar uma cervejinha sem o cigarro, é gostoso e não dá mais a sensação de "falta alguma coisa para acompanhar".

Eu fiquei surpresa! Eu estava me prendendo tanto na ideia de que aquilo era ruim, estava errado, era uma tortura, bla, bla, bla, e quando eu me dei conta eu vi que era totalmente possível, eu fazia aquilo e de certa forma achava bom que eu não estava fumando. Especialmente nos dias pós pé na jaca eu agradeço demais a mim mesma pelo fim do tabagismo.

Já falei aqui da ressaca dos que não fumam, certo? Ela é maravilhosa perto das dores de cabeça e na bochecha na minha época de fumante.

Ainda assim eu admito: a receitinha cigarro e bebida é boa demais (sou orgulhosa, avisei, dou o braço a torcer pero no mucho), mas beber sem fumar também é gostoso, é totalmente possível e não é mais nenhuma tortura. É um prazer igual, mas diferente - se assim posso dizer.

Eu fico feliz, pois nessa história toda isso era um dos meus pontos fracos e tenho agora mais um problema resolvido!

Ex-fumantes e fumantes que pretendem parar que me acompanham por aqui: existe bar sem o cigarro! Confiem em mim! E olha que eu sou uma esponjinha etílica!

Viva!

Vamos que vamos, força Carol! Rumo ao bar! Rá!

Saúde!